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A Atual Relevância do Livro de Apocalipse: Legendas em Português

As profecias do livro de Apocalipse nos ajudam a entender a pandemia de coronavírus de hoje e o que está por vir para a humanidade?

Transcript

A Atual Relevância do Livro de Apocalipse

A primeira vez que estudei o Livro de Apocalipse foi quando eu era adolescente. Nosso pastor nos apresentou o livro em um estudo bíblico semanal. Versículo por versículo, esse livro foi ganhando vida com suas imagens e detalhes fascinantes de profecias. Todos desenhavam as bestas desse livro em grandes pedaços de papel branco. Desenhávamos as cabeças e os chifres. Aquelas imagens têm estado comigo por toda minha vida. Desde então, eu tenho estudado esse livro. Atualmente, todos os anos eu leciono para os estudantes do Colégio Bíblico Embaixador a matéria Notícias Mundiais e Profecias. E eu sempre aprendo algo novo toda vez que ensino e leio esse livro.

Muitas pessoas têm se questionado sobre essa peste, a pandemia do Covid-19. Será que você também tem se perguntado como esse evento se encaixa no cenário de Apocalipse, nas antigas profecias e no ensinamento profético de Jesus Cristo? A verdade é que tudo isso se encaixa de muitas maneiras. Então, eu gostaria de guiá-lo através de três eventos de Apocalipse e mostrar a relevância desse livro quanto ao que está acontecendo no mundo agora. Você ficará surpreso ao ver o gigantesco avanço que houve no cumprimento de algumas das principais profecias desse livro.

Vejamos esse primeiro evento de Apocalipse: Uma pandemia global. Estamos vendo o impacto desse vírus Covid-19 em mais de cento e oitenta países. E isso foi tremendamente impactante para nossas vidas cotidianas. Em Apocalipse, capítulo 6, lemos sobre uma peste massiva, uma pandemia, como parte do que é popularmente conhecido como um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. “Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: Venha! Olhei, e diante de mim estava um cavalo amarelo. Seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Hades o seguia de perto. Foi-lhes dado poder sobre um quarto da terra para matar pela espada, pela fome, por pragas e por meio dos animais selvagens da terra” (Apocalipse 6:7-8, NVI).

Isso descreve uma pandemia global muito mais devastadora do que a que estamos vendo hoje em dia. E a atual pandemia do Covid-19 não é esse evento específico. Então, vamos refletir um pouco sobre isso. O que Apocalipse está descrevendo é algo muito maior. Esses eventos ocorrerão durante a grande tribulação, o dia do Senhor e o tempo de aflição e desordem social. Será diferente de tudo o que o mundo já viu, resultando em uma crise mundial que fará com que as nações adotem medidas sem precedentes. Toda essa paralisação da economia e da vida cotidiana que temos visto deveria servir para nos acordar. A Bíblia é verdadeira e ela fala ao mundo moderno com uma linguagem inconfundível.

Veremos agora o segundo evento de Apocalipse. E esse nós poderíamos chamar de vigilância sistemática da vida das pessoas. Você já ouviu falar da marca da besta? Podemos ler sobre isso em Apocalipse 13, a partir do versículo 11: “E vi subir da terra outra besta... [que] faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse... E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”.

Sempre houve algumas especulações e dúvidas sobre essa profecia. Entendemos que isso se refere ao culto de adoração no domingo, que foi imposto pelo império romano a partir do século quatro. Quando eu era adolescente, lembro-me de ouvir pessoas especulando que cartões de crédito e até os novos códigos postais eram a marca da besta. Nesta era moderna, algumas pessoas têm ligado às inovações tecnológicas, como chips subcutâneos, a essa ideia. Até os smartphones, que quase todos temos, estão sendo associados a essa marca. Mas acerca dessa pandemia têm surgido notícias muito interessantes quanto ao uso da tecnologia para monitorar hábitos e movimentos.

Eu li um artigo no jornal britânico The Times que dizia o seguinte: ​​“Na zona rural da China, um drone de patrulha pairou sobre camponeses e exigiu que eles pusessem as máscaras e fossem para casa”. “Não riam”, dizia a voz metálica. “O que você está olhando? Vá para casa agora”. Algo semelhante também aconteceu em algumas regiões da Europa. Drones monitorando os movimentos das pessoas. O artigo continua: “Em todo o mundo, a mais recente tecnologia está sendo utilizada para propósitos que, no começo do ano, ninguém jamais teria imaginado. A vigilância digital, antes usada na busca de terroristas, está sendo empregada para rastrear cidadãos comuns e cumpridores da lei, simplesmente porque estão ou poderiam estar doentes. Além disso, aplicativos têm sido usados ​​para rastrear pessoas que entraram em contato com algum infectado pelo vírus, policiando seus movimentos depois de terem sido colocados em quarentena. Históricos de uso do cartão de crédito estão sendo analisados para saber onde foram as pessoas infectadas antes de seu diagnóstico. Ademais, outros programas têm servido como um tipo de passaporte que certifica o estado de saúde do portador". Esse artigo foi publicado em 6 de abril no jornal britânico The Times.

E isso não é um filme ou um script de televisão. Essa é realidade de nossa vida hoje. Imagine isso sendo usado no futuro para rastrear e controlar a vida das pessoas. Mais uma vez, o livro de Apocalipse é de grande relevância hoje em dia.

Agora veremos mais um evento profetizado nesse Livro de Apocalipse. E vamos chamá-lo de evento número três: Uma única ordem mundial. Apocalipse 17 descreve um tempo, ao fim de uma era profética, em que o ápice de uma crise mundial fará com que um grupo de dez governantes de nações entregue o controle a um personagem chamado a besta, um poderoso líder que prometerá proteção e manutenção da ordem mundial. Veja isso em Apocalipse 17:12-13: “E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão o poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento e entregarão o seu poder e autoridade à besta”.

Essa passagem está descrevendo uma superpotência mundial. Esse é o sonho daqueles que hoje promovem algo chamado globalismo transnacional. Enquanto as nações lutam contra essa atual pandemia, temos visto apelos para que isso aconteça para combater essa crise e o qualquer outra no futuro. Gordon Brown, ex-primeiro ministro da Grã-Bretanha, pediu uma ação coordenada global das vinte maiores nações do mundo para combater essa pandemia. Ele disse: "Isso não é algo que possa ser tratado em um país". Ele disse que há necessidade de um órgão emergencial com poderes executivos para travar esta batalha sanitária e outras futuras. Veremos mais notícias como esta daqui para frente. E ainda mais interessante é um artigo do ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Dr. Henry Kissinger, escrito no The Wall Street Journal, onde ele solicita planos para uma “Nova ordem mundial”. Ele parabeniza aos líderes de várias nações pelo combate à pandemia e por proteger os cidadãos. Entretanto, ele adverte que "atender às necessidades do momento deve ser combinado com uma visão e um programa colaborativo global”.

Para diplomatas como Henry Kissinger isso significa ter um papel mais determinante em organismos internacionais para coordenar a ciência, a medicina e a economia. Ele descreve assim esse papel do governo: "Ser forte o suficiente para proteger o povo de um inimigo externo, suprir as necessidades fundamentais das pessoas por segurança, ordem, bem-estar econômico e justiça”. “As pessoas”, diz ele, "não conseguem garantir essas coisas por conta própria". O Dr. Kissinger é um constante defensor de uma ordem mundial, que incluiria as Nações Unidas, a Organização Mundial da Saúde e o Banco Mundial. Ele é um transnacionalista global, o que significa que ele acredita que a futura solução para uma ordem mundial está em um organismo governamental supranacional global. E ele vê o enfrentamento dessa pandemia como uma prova de que essa cosmovisão está correta. Esta é uma visão de mundo que está descrita em Apocalipse 17. Ali mostra que dez líderes mundiais vão entregar a soberania de suas nações a um líder poderoso, que prometerá segurança, ordem social, bem-estar econômico e justiça.

Pense por um instante sobre a rapidez com que os cidadãos, eu, você, nossas famílias e vizinhos, foram ignorados. Permitimos que escolas e negócios fossem fechados e eventos culturais fossem cancelados e que todos fossem confinados em casa por tempo indeterminado. E tudo isso baseado na palavra de especialistas que tomaram essas decisões para nosso bem-estar. Por favor, não me leve a mal. Eu também desejo ver esse vírus derrotado. E também espero que haja o mínimo possível de mortes e sofrimento. Assim como muitos de vocês, estou trabalhando em casa e uso máscara quando preciso sair. Contudo, para se aprender algo com isso e aplicar uma cosmovisão bíblica é necessário um pensamento crítico para se entender totalmente o que está acontecendo. Estamos vivendo uma era extraordinária. Precisamos vigiar e orar para entender tudo isso de acordo com a vontade de Cristo. Após todos esses anos, desde que comecei a estudar o livro de Apocalipse, eu nunca soube como essas profecias se cumpririam. Mas hoje, talvez já enxergamos isso com mais clareza.

O livro de Apocalipse é um livro relevante para entender nosso mundo moderno. Ele nos mostra que Deus está no controle da história. E não precisamos ter medo. A leitura e o entendimento de Apocalipse nos ajuda a compreender este mundo, pois assim sabemos que Deus intervirá nos assuntos mundiais. Devemos ler o livro de Apocalipse para ver o futuro com entendimento e esperança. Nesse livro, Cristo nos diz: "Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas”.

Este foi mais um “Beyond Today Extra”. Assista também aos próximos programas.

 

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Darris McNeely

Darris McNeely works at the United Church of God home office in Cincinnati, Ohio. He and his wife, Debbie, have served in the ministry for more than 43 years. They have two sons, who are both married, and four grandchildren. Darris is the Associate Media Producer for the Church. He also is a resident faculty member at the Ambassador Bible Center teaching Acts, Fundamentals of Belief and World News and Prophecy. He enjoys hunting, travel and reading and spending time with his grandchildren.

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O Aumento do Controle do Estado: Sinal do Fim dos Tempos?

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Os recentes decretos de diversos governos afetaram os direitos e a consciência de milhões de pessoas. O que está impulsionando isso? Há alguma implicação para os eventos profetizados do fim dos tempos?

O artigo de capa da edição setembro-outubro 2021 de nossa revista, “O Grande Reinício: Aonde Isso Vai Nos Levar?”, revelou os planos em andamento para “redefinir” a estrutura política do mundo, substituindo o sistema centenário de Estados-nações da humanidade por um governo mundial de um conluio das elites mundiais. Esse novo sistema manipularia muitos aspectos da vida diária de praticamente todas as pessoas da Terra.

As bases para essa mudança já estão sendo lançadas hoje através do aumento do controle dos governos sobre a vida das pessoas. Eventos recentes abriram o caminho para um grande reinício quando governos nacionais exerceram um controle cada vez maior sobre a vida de centenas de milhões de pessoas. Notadamente preocupante é o fato de que essas políticas impositivas foram postas em prática em avançadas democracias ocidentais liberais do Terceiro Mundo.

Como apontamos, o planejamento para esse grande reinício foi bem documentado e muitos estão atuando para concretizar esses planos. E ainda mais importante, em sua Bíblia está profetizado que disso, no fim dos tempos, surgirá um sistema político maléfico. Jesus Cristo revelou ao apóstolo João um vislumbre de como seria esse sistema. Apocalipse 13 e 17 falam de um líder mundial despótico descrito como “a besta” recebendo autoridade e poder de uma união de dez outros líderes. Este líder exercerá, por um curto período de tempo, um imenso controle e poder sobre o mundo.

A pandemia em pauta

A pandemia de Covid-19 deu respaldo àqueles que defendem mais poder aos governantes. Praticamente, em todas os países do mundo, as liberdades individuais — a base dos sistemas democráticos modernos — foram sacrificadas à medida que os governos receberam poderes inéditos para controlar a vida cotidiana das pessoas com a justificativa de combater essa doença.

Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) emitiram diretrizes sob as quais a maioria dos governos estaduais suspendeu o funcionamento de centenas de milhares de empresas privadas, permitindo apenas o funcionamento dos grandes varejistas. Eles definiram quais negócios eram considerados “essenciais” e quais não eram. E como a grande maioria das pequenas empresas fazia parte desse segundo grupo, milhares delas faliram desde março de 2020.

Restaurantes e locais de entretenimento foram fechados. Empresas foram fechadas e escolas forçadas a fechar. E em uma época em que milhões buscavam a força e a orientação de Deus, as atividades das igrejas de todas as denominações foram suspensas pelo Estado. Ao mesmo tempo, negócios “essenciais”, como lojas de bebidas, tabaco e maconha, foram autorizados a permanecerem abertos!

As vacinas foram desenvolvidas em tempo recorde, em um esforço comparável à rápida militarização industrial dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. No início de 2022, a maioria dos estadunidenses contraiu o Covid-19 e se recuperou, o que levou a uma grande “imunidade coletiva”. Mesmo assim, se fez necessário a continuação da vacinação para imunizar toda a população.

Grandes corporações, seguindo as diretrizes do governo e querendo ser vistas refletindo os valores “aceitos” atualmente, exigiram a vacinação a seus funcionários. Aqueles que se recusaram perderam seus empregos ou foram submetidos a assédio e discriminação. Michael Rectenwald, diretor da revista American Scholars e autor do livro Beyond Woke (Além do Despertar, em tradução livre), assinalou como grandes corporações progressistas como Google, Apple e Facebook (agora Meta Corporation) lideraram os esforços para divulgar a vacinação.

Nesse ínterim, grandes varejistas como Amazon e Walmart lucraram astronomicamente, enquanto pequenas empresas consideradas “não essenciais” faliram. Os lucros da Amazon mais que dobraram em 2021, pois milhões de pessoas se viram impedidas de ir a comércios locais e tiveram que fazer compras online. As receitas da Amazon no primeiro trimestre de 2021 aumentaram 44% em relação ao ano anterior, seus lucros no primeiro trimestre dispararam para mais de 108 bilhões de dólares. O fundador e presidente da empresa, Jeff Bezos, logo se tornou um dos três homens mais ricos do mundo.

Como alguns notaram, esses grandes varejistas e empresas de alta tecnologia gastam milhões em doações a campanhas políticas — algo que seus concorrentes menores não podem fazer. Agora, milhares desses pequenos concorrentes simplesmente não existem mais.

Em todo o mundo, muitos governos impuseram o uso de máscara e a vacinação. Aqueles que se recusavam enfrentaram restrições de viagens e foram impedidos de frequentarem restaurantes e lojas. A verdade é que a vontade individual não tem vez quando os governos determinam o contrário para o bem da coletividade.

Restrição de direitos individuais

As restrições na Europa foram bem rígidas. A Áustria aprovou uma legislação permitindo multar as pessoas que não queriam se vacinar e também demitir por justa causa os funcionários que se recusassem a se imunizar. O Ministério Federal do Interior e da Comunidade da Alemanha instituiu algumas das políticas de entrada no país mais rígidas do mundo, exigindo provas de resultados negativos de testes Covid-19 e severas regras de quarentena. Muitas nações europeias estabeleceram passaportes de vacinas. E as pessoas sem esse passaporte não podiam viajar nem hospedar em hotéis e outros locais.

Os governos da Ásia e do Pacífico também aplicaram restrições. A Austrália, considerada um bastião da liberdade individual, chocou o mundo com suas políticas, estabelecendo “instalações de quarentena” em todo o país. A princípio, elas eram destinados a viajantes não vacinados, mas logo essas instalações foram usadas indevidamente além desse propósito.

Os decretos do governo da Nova Zelândia foram inesperadamente severos. Aqueles que se recusaram a seguir as diretrizes tiveram que pagar multas pesadas. Em alguns setores, os trabalhadores em atividade que não estivessem vacinados poderiam ser multados. As empresas que não exigissem os passes vacinais também corriam o risco de serem multadas.

Aqueles que se recusavam a pagar essas multas sofriam outras penalidades, como prisão, suspensão da carteira de motorista, apreensão de bens e proibição de tirar passaporte. Além disso, essas pessoas eram negativadas no sistema de informações de crédito, o que as impedia de obter empréstimos ou cartões de crédito.

O controle do governo pode ficar bem orwelliano, especialmente com o uso de tecnologia moderna. A Austrália, por exemplo, usou os telefones celulares pessoais dos cidadãos para rastrear seus movimentos — presumivelmente para verificar se estavam cumprindo as restrições de viagens.

Em uma matéria de 5 de abril de 2020, o jornal Sydney Morning Herald informou que uma grande empresa de telefonia móvel australiana entregou voluntariamente ao governo federal os dados de milhões de australianos “para que monitorasse se as pessoas estavam cumprindo com o distanciamento social durante a pandemia de coronavírus”. Quando um repórter questionou essa invasão de privacidade, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison respondeu: “O que quero deixar claro é que as políticas e medidas implementadas na Austrália são adequadas para o país”.

A mensagem foi muito clara: O governo é quem sabe o que é melhor para todos. Independentemente das acusações de invasão de privacidade e cerceamento de liberdades individuais.

Essa tecnologia pode ser usada para fazer cumprir qualquer decreto governamental, como por exemplo para impedir que alguém consiga um emprego, viaje, negocie ou realize atividades financeiras comuns na vida cotidiana.

Tudo isso alimenta o medo do surgimento do “sinal da Besta” predita no livro do Apocalipse: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (Apocalipse 13:16-17). Embora isso seja figurativo quanto à submissão aos ditames desse sistema maligno que se opõe a Deus, a verdade é que pode surgir alguma tecnologia semelhante ou ainda mais avançada para controlar as pessoas.

A frustração dos canadenses

No Canadá, onde a tendência de maior controle do governo avançou mais rápido do que nos Estados Unidos, milhares de cidadãos canadenses se revoltaram contra as medidas do governo.

Em fevereiro, um grande protesto de centenas de caminhoneiros canadenses atraiu a atenção mundial, eles formaram o “Comboio da Liberdade” para protestar contra o novo decreto do governo que exigia o passaporte vacinal dos motoristas de caminhão que fazem as rotas entre o país e os Estados Unidos. Enormes caminhões foram levados até Ottawa, a capital do país, em protesto contra os rígidos decretos do governo canadense, isso causou um bloqueio total à cidade.

Em resposta, o primeiro-ministro o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, acionou a Lei de Emergências em uma tentativa de dar fim aos protestos de caminhoneiros antivacina pelo país. Foi a primeira vez na história que uma autoridade canadense recorreu a essa lei, que dá mais poderes ao governo federal para reagir a situações críticas. A polícia prendeu dezenas de manifestantes e disse que alguns dos presos usavam coletes à prova de balas e tinham granadas e outros fogos de artifício em suas malas e veículos. E o governo autorizou os bancos a congelarem as contas de pessoas ligadas a essas manifestações.

No início de março, indignados com o tratamento dado aos caminhoneiros, milhares de canadenses participaram do protesto chamado de “Freedom Chain” em que milhares de cidadãos comuns tentaram formar uma cadeia de veículos entre Colúmbia Britânica e Labrador, uma distância de quase seis mil quilômetros. E outros milhares participaram de reuniões locais organizadas em diferentes cidades do país, exigindo o fim das medidas sanitárias.

Os manifestantes eram uma mistura de cristãos evangélicos, mães contra o uso de máscaras, grupos antivacina e moradores da região contrários a bloqueios e passaportes vacinais. Na Colúmbia Britânica [o governo] ainda não suspendeu nem isentou ninguém dos decretos e, como eu não me vacinei, está muito difícil de conseguir um trabalho para alimentar minha família e viver minha vida”, disse um dos manifestantes.

O senador estadunidense John Kennedy, da Louisiana, resumiu de maneira cáustica a frustração dos caminhoneiros e de milhões de cidadãos canadenses e estadunidenses: “O que estamos vendo no Canadá é a imposição da elite administrativa sobre a maioria da classe trabalhadora. E não se trata realmente da vacina, pois a maioria da população já está vacinada”.

 “O que eles dizem é: ‘Tivemos dois anos de restrições por causa da pandemia. Nossas vidas foram viradas de cabeça para baixo, nossos meios de subsistência estão sendo restringidos, nossos filhos perderam meses, talvez anos de educação. E você diz: “Siga a ciência”, mas vimos que o avanço da variante ômicron tem diminuído. Agora, a maioria de nós tem imunidade natural ou está vacinada. Então, o que é preciso para que o governo acabe com essas restrições e nos deixe voltar à vida normal?'”.

A grande mídia é a porta-voz das elites

As constantes regras e restrições pesadas do governo não poderia ir adiante sem a cumplicidade da complacente mídia de massa. A imprensa livre, que costumava questionar, enfaticamente, determinadas normas governamentais, agora tem apoiado e divulgado essas normas.

No mundo ocidental, os meios de comunicação de massa, têm apoiado, em grande medida, as decisões dos governos. Jornalistas tradicionais e funcionários da mídia eletrônica acreditam que os burocratas do governo sabem o que é melhor para as pessoas e que é o dever deles servir como porta-vozes daqueles que estão no comando.

E, como mencionado anteriormente, as gigantes das mídias sociais também cumprem seu papel. Ao “cancelar” aqueles que ousaram desafiar as recomendações e decretos do governo, o Facebook, a Google e o Twitter não apenas apoiaram o governo, mas também emudeceram aqueles que têm opiniões diferentes.

Europa: Marco zero do controle estatal

Como observado acima, as nações da União Europeia parecem ser o ponto focal mundial desse movimento em direção a um maior controle governamental. A União Europeia estava na vanguarda das restrições da pandemia e continua mantendo algumas dessas restrições rigorosas, apesar das evidências de que a doença agora não é um fator tão relevante em grande parte do mundo.

Esta revista predisse há muitos anos que as nações europeias acabarão se unindo em uma superpotência política, militar e econômica sob um líder poderoso. A Bíblia, que revela um amplo esboço da história para aqueles dispostos a estudá-la com a mente aberta, revela esse evento impressionante nos livros de Daniel e Apocalipse. Esse governo do fim dos tempos, que incluirá líderes de diversas nações ou grupos de nações, exercerá um grande controle sobre a vida de seus cidadãos. Uma parte importante desse controle tem a ver com a empregabilidade, a posse de propriedades e a realização de negociações corriqueiras, como comprar alimentos ou combustível.

Parece que estamos experimentando uma antecipação disso em governos que restringem cada vez mais seu povo com normas cada vez mais rigorosas, juntamente com o aumento da vigilância através da tecnologia. Porém, restrições e controles muito mais severos ainda estão por vir!

Darris McNeely works at the United Church of God home office in Cincinnati, Ohio. He and his wife, Debbie, have served in the ministry for more than 43 years. They have two sons, who are both married, and four grandchildren. Darris is the Associate Media Producer for the Church. He also is a resident faculty member at the Ambassador Bible Center teaching Acts, Fundamentals of Belief and World News and Prophecy. He enjoys hunting, travel and reading and spending time with his grandchildren.

 

Como Superar Os Tempos de Crise

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Deus está dando ao mundo um tempo para despertar e se arrepender. Será que você vai buscar a Deus enquanto Ele pode ser encontrado? Está na hora de entender como o mundo pode mudar bruscamente e se preparar para enfrentar os próximos desafios.

Estou escrevendo este artigo no aniversário da minha esposa, durante a pandemia de Covid-19. O bosque ao lado da minha casa está começando a ganhar vida. Os delicados filamentos verdes anunciam a chegada da primavera no hemisfério norte. Observando os pássaros trabalhando enquanto colhem material para seus ninhos, você nem imaginaria que o mundo está lutando contra a mais catastrófica pandemia em mais de um século.

E aqui estamos lidando com o forte impacto de um evento que ninguém estava esperando quando viramos a página para 2020. Em meados de abril, mais de dois milhões de pessoas contraíram o vírus e mais de cento e vinte mil morreram dessa praga mundial. Economias inteiras foram viradas de cabeça para baixo. Os pactos sociais entre governo e cidadãos sofrerão mudanças permanentes e poderemos sentir as consequências disso por muitos anos.

No auge dessa crise, nossa equipe da revista A Boa Nova tomamos a decisão de mudar os artigos que já estavam prontos para ser publicados e nos concentrar em temas sobre essa pandemia. Acreditamos que colocar esse evento em um contexto bíblico o ajudará a lidar com o que está acontecendo e a estar mais bem preparado quando (digo "quando" e não "se") algo dessa magnitude voltar a acontecer.

O que vamos aprender com isso?

Jesus Cristo se referiu a um aumento de "pestes" ou doenças epidêmicas, juntamente com outros desastres dos eventos que levariam ao Seu retorno (Lucas 21:11). Muitas pessoas têm se perguntado se chegamos aos estágios finais de tudo isso. Apocalipse 6 descreve os infames "quatro cavaleiros do Apocalipse" que, paralelamente à profecia de Jesus, representam engano espiritual, guerra, fome e pestes de doenças e desastres. Será que já chegamos a esse ponto?

Certamente essas condições sempre fizeram parte da história da humanidade, mas um aumento acentuado ocorrerá no tempo do fim. Vimos isso aumentando desde as guerras mundiais do século passado, mas a última ampliação ainda está por vir. Apocalipse 6:8 indica que essas catástrofes do fim dos tempos matarão um quarto da população da Terra. E como a atual população mundial está se aproximando de oito bilhões, evidentemente, ainda não chegamos a essa escala. (Para saber mais, consulte “As Epidemias na Profecia Bíblica”).

A profecia bíblica diz claramente que outros importantes eventos proféticos devem ocorrer antes de chegarmos a esse ponto. Portanto, embora a pandemia mundial da Covid-19 se encaixe na advertência de Jesus sobre o aumento de epidemias que causam medo generalizado e outros problemas, essa é apenas mais uma amostra de coisas muito piores no futuro. Ainda temos muito caminho a percorrer antes dos derradeiros e devastadores eventos que precederão o retorno de Cristo.

Nós vamos sair deste período de pandemia. E você acabará retornando ao trabalho, à escola e às rotinas familiares, embora talvez sob um "novo normal", como alguns têm especulado. Sem dúvida, os tratamentos para esse vírus ajudarão as pessoas a se recuperar. Provavelmente, será desenvolvida uma vacina para combater essa nova cepa de vírus. Mas devemos esperar cada vez mais dificuldades. Ademais, isso não significará o fim dos vírus perigosos.

Contudo, estas são perguntas importantes a se fazer: O que você aprendeu com essa experiência? O que você ainda aprenderá? Como você vai lidar com a próxima crise?

Certamente, haverá uma próxima crise, e outras mais depois dessa. Por isso é vital que você entenda essas crises em um contexto bíblico. Agora é a hora de desenvolver uma cosmovisão bíblica para entender o que aconteceu e o que a Bíblia diz que acontecerá nos próximos anos.

Assim que essa pandemia recuar, as questões sobre comércio, nacionalismo e globalismo voltarão a ser o centro das preocupações. As relações internacionais serão impactadas por essa crise. Podemos muito bem começar a nos referir ao mundo dos últimos anos com o termo "a.C." — antes da Covid-19. Depois de tudo isso, o mundo será muito diferente.

Novamente, perguntamos: O que você está aprendendo com tudo isso e qual será sua reação quando chegar a próxima crise?

Os dois “ensaios gerais” das crises anteriores

Para ter uma perspectiva mais ampla, vamos voltar um pouco no tempo para analisar as últimas duas décadas. Os Estados Unidos e o mundo passaram por duas épocas de crises expressivas nesse período.

O primeiro foi o ataque aos Estados Unidos, perpetrado por terroristas islâmicos, no dia 11 de setembro de 2001. Em Nova Iorque, o World Trade Center foi derrubado por dois aviões sequestrados. Um terceiro avião foi arremessado contra o Pentágono em Washington. Um quarto avião sequestrado, que se pensava estar indo para o edifício do Capitólio dos Estados Unidos ou para a Casa Branca, caiu em um campo da Pensilvânia quando os passageiros invadiram sua cabine. Esse dia fatídico levou a mudanças nos protocolos de segurança dos Estados Unidos e resultou em uma guerra que mudou as regras do jogo no Oriente Médio, e que continua mudando muitos anos depois disso.

A princípio, os Estados Unidos tiveram um momento de unidade nacional e uma breve pausa na divisão política. Lembro-me de membros do Congresso reunidos nos degraus do Capitólio cantando “God Bless America” (Deus Abençoe os Estados Unidos). Houve um pedido de oração nacional e um tempo para acudir a Deus em busca de respostas. O presidente George W. Bush conclamou a nação a servir com mais afinco, enquanto organizava um contra-ataque ao terrorismo global. Embora tenha ocorrido uma onda de patriotismo, essa unidade política logo desapareceu e todos seguiram normalmente com suas vidas.

A guerra que chegou aos Estados Unidos não mudou o coração de seu povo. Os terríveis pecados nacionais como o aborto, a pornografia, a dependência de drogas e a decadência moral continuaram acontecendo. Embora o comparecimento às igrejas tenha aumentado por um curto período, isso logo retornou aos níveis anteriores a 11 de setembro.

A vida espiritual dos Estados Unidos continua declinando e tendo pouco ou quase nenhum impacto na política e no comportamento social das pessoas. A podridão moral e a decadência espiritual estão muito arraigadas nessa sociedade. Nenhuma reforma, por mais bem-intencionada que seja, conseguiu fazer com que os Estados Unidos se rendessem a Deus através de um grande arrependimento nacional.

Em segundo lugar, houve a crise financeira de setembro de 2008, em que todo o sistema financeiro dos Estados Unidos chegou à beira do colapso. Embora esse evento tenha começado principalmente nos Estados Unidos como resultado de um arriscado jogo financeiro envolvendo empréstimos hipotecários de alto risco, isso se espalhou e se converteu em uma crise econômica mundial.

Nos Estados Unidos, grandes empresas de Wall Street, como o banco Lehman Brothers, desapareceram da noite para o dia. Os bancos e as bolsas de valores oscilaram sob o peso de empréstimos podres. A confiança na economia mundial estava à beira do colapso. Corriam histórias de reuniões de crise em Washington, conversas acaloradas realizadas entre funcionários em busca de soluções para problemas que nenhum deles estava preparado para resolver.

Alguns analistas dizem que os Estados Unidos quase tomaram a decisão de suspender todas as transações financeiras e impedir saques nos caixas eletrônicos. Havia até preocupação de uma pane nas máquinas de cartão de crédito de supermercados e postos de gasolina.

Imagine o pânico que isso gerou! A estrutura social teria começado a se desfazer. Felizmente isso não aconteceu. Mas as ações desabaram. E grandes empresas, como a General Motors, precisaram de ajuda do governo para continuar funcionando. Aquele foi um tempo difícil, que ocorreu apenas algumas semanas antes da eleição presidencial. A crise financeira impactou significativamente as eleições de novembro, que colocaram o presidente Barack Obama no cargo. Os Estados Unidos e o mundo se recuperaram dessa crise financeira. As bolsas de valores de todo o mundo voltaram funcionar normalmente.

E, voltando para os dias atuais, doze anos depois. Os Estados Unidos estavam indo bem com a bolsa de valores em seu mais alto nível de todos os tempos e o menor índice de desemprego já registrado na história. Então, veio a pandemia da Covid-19. E, da noite para o dia, estávamos lidando com um evento que a maioria das pessoas nunca tinha passado em suas vidas.

Como devemos enfrentar essas situações que mudam o mundo? Eu considero isso como ensaios gerais do que a Bíblia diz que serão os maiores e mais impactantes eventos do fim desta era. Cada uma dessas crises continha elementos que acompanham a cavalgada dos quatro cavaleiros do Apocalipse, ainda que o que temos visto seja relativamente insignificante em comparação ao que está por vir. Estamos em um tempo em que podemos aprender lições vitais para não sermos pegos de surpresa quando ocorrerem esses incomensuráveis eventos profetizados.

A profecia de Cristo sobre o fim dos tempos

Vamos olhar mais de perto o que Jesus Cristo disse que precisaríamos aprender nesse tempo crucial da história da humanidade.

Jesus foi o maior de todos os profetas. Lamentavelmente, essa dimensão de Sua missão é negligenciada e incompreendida por aqueles que afirmam falar em Seu nome. Nunca foi tão importante como hoje que você entenda o que Ele ensinou sobre a atual era da humanidade.

Quando estava com Seus discípulos no Monte das Oliveiras, alguns lhe perguntaram em particular: “Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir?” A resposta de Jesus começou com avisos sobre enganos religiosos, guerras, terremotos e problemas mundiais, que incluíam fomes e pestes (Marcos 13:3-8).

Como mencionado antes, todos esses problemas estão conosco há séculos. E permanecem conosco até hoje. O versículo 8 termina com Jesus dizendo: “Isso será o princípio de dores” (grifo nosso). Talvez sua Bíblia tenha uma referência marginal ou tradução diferente sobre o termo “dores”, observando que se referem a "dores de parto". E, de fato, são, pois isso vai aumentar em frequência e intensidade, sinalizando que uma nova era está prestes a nascer.

A seguir, Jesus diz: “Mas olhai por vós mesmos...” (versículo 9). Então, Ele descreve que haverá perseguições e traições contra Seus seguidores. E por isso, Ele os encoraja a perseverar e promete que estará com eles e que não os deixará sozinhos (versículos 9-13).

Os próximos versículos trazem mais detalhes dos eventos que cercam a vinda de Cristo. Um elemento-chave está no versículo 14, que fala de um evento específico que ainda vai acontecer: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (ARA).

Essa profecia teria mais de um cumprimento. Cristo estava se referindo a um evento que ocorreu pela primeira vez cerca de duzentos anos antes, quando um ídolo pagão foi erigido no templo de Jerusalém e carne de porco foi oferecida como sacrifício no altar. E como Seus discípulos sabiam da história de sua nação, eles entenderam precisamente sobre o que Ele falava.

Mas Jesus disse que um evento semelhante aconteceria novamente. E aconteceu quando os romanos destruíram Jerusalém no ano 70 d.C. Mas esse não era o fim dos tempos predito por Jesus. Mas isso foi apenas um precursor e seu principal cumprimento ainda iria acontecer. E não vemos isso acontecendo na atual configuração política em Jerusalém. Porém, essas condições devem mudar. Concluímos, então, que, como Jesus disse no versículo 7, "ainda não é o fim".

Mas precisamos observar e entender nossos tempos (versículos 33, 35, 37). Ao lermos as declarações de Jesus sobre engano espiritual, guerras e outros problemas, nós vemos que Ele enfatiza nossa necessidade de entender esses eventos em seu contexto histórico e profético.

Quando analisamos retrospectivamente os quase dois mil anos desde que essa profecia foi proferida, podemos ver facilmente como esses eventos ocorreram em ondas ao longo dos séculos. Houve um tempo em que poderosas combinações de poder da igreja e do Estado mataram pessoas de fé que contrariaram os éditos da Igreja Católica Romana. As guerras religiosas entre protestantes e católicos, muçulmanos e cristãos, e até muçulmanos contra muçulmanos, ceifaram a vida de milhões de pessoas.

A guerra moderna, os governos cruéis e outros problemas também têm sido um flagelo na Terra e tiraram a vida de mais de cem milhões. Jesus disse: “Não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias [através de uma intervenção], e ninguém se salvaria” (versículo 20). A possibilidade da extinção da raça humana somente poderia acontecer em nossos dias com a invenção de armas nucleares, químicas e biológicas. O ensinamento enfático de Cristo para nós é o seguinte: “Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente” (versículo 23, NVI).

Vigiar e orar

E no versículo 33, Jesus novamente nos diz o que devemos fazer agora ao refletir nas grandes lições dessa pandemia da Covid-19. Ele nos adverte: “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo". Hoje não sabemos quando Cristo voltará, mas devemos "vigiar e orar". O que isso significa exatamente?

Em um sentido bíblico, o termo “vigiar” têm um significado amplo derivado das profecias de Ezequiel, o profeta que foi dito que seria como uma sentinela nas muralhas da cidade para avisar as pessoas sobre algum perigo que se aproximasse (Ezequiel 33:1-7). O objetivo de sua mensagem de advertência era para que as pessoas se prepararem para um tempo de perigo e cerco, e tudo o mais que diz respeito a isso, inclusive fome e pestes. Eles deveriam tomar precauções para enfrentar as provações para que pudessem resistir e prevalecer.

Cristo usa o termo "vigiar" para nos dizer que devemos estar conscientes e atentos para discernir as condições do mundo ao nosso redor e para entender onde estamos no desenrolar do plano profético de Deus para este mundo. Mas, além disso, também precisamos estar atentos a nossa própria situação espiritual.

Um discípulo deseja entender os sinais que anunciam o fim dos tempos para que isso o motive a viver uma vida sóbria, santa e piedosa. Quando a pessoa sabe que um tempo de angústia e julgamento final está chegando ao mundo, ela procura viver de uma maneira diferente. Ao saber que Deus é real e Sua Palavra é um guia seguro para a vida, a pessoa toma medidas para viver de acordo com Sua verdade. E é isso que um verdadeiro discípulo deve fazer.

Um verdadeiro discípulo também vai orar a Deus de uma forma que lhe possibilite desenvolver um relacionamento e uma conexão espiritual de amor com Ele. Confiar no amor de Deus é o principal modo de fé que nos permite lidar com nossa saúde emocional durante um período de estresse como o dessa atual pandemia. Muitos de nós estamos enfrentando incertezas quanto ao emprego, à saúde e ao cenário geral do que está acontecendo com nosso país e com o mundo. Quando vemos nações e cidades isoladas pela quarentena, sabemos que estamos diante de algo que nunca experimentamos. Tudo isso é irritante e assustador e pode fazer com que alguns sejam emocionalmente afetados. E tenho percebido isso até nas pessoas mais fortes que conheço. A preocupação e o medo estão à porta.

Contudo, através da Bíblia, Deus Pai e Jesus Cristo nos dão a base para entender o que significa essa crise mundial. Ao falar com Deus, orando ajoelhados, podemos ser confortados pelo Pai e por Cristo e receber o entendimento enraizado na divina verdade espiritual. Essa é a chave para superar este tempo.

Nesse tempo de crise, Deus está dando um alerta ao mundo que pode trazer clareza à nossa vida em 2020. Este mundo não será o mesmo após essa pandemia, assim como não continuou sendo o mesmo após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Os outros problemas mundiais apenas foram adiados temporariamente enquanto a atenção do mundo está voltada para o combate a esse vírus e ao impacto causado por ele. O Irã e a Coreia do Norte continuarão a desenvolver armas nucleares e ameaçar a estabilidade mundial. Além disso, milhões de pessoas vão continuar fugindo da guerra, da violência e da pobreza no Oriente Médio e na América Latina, e buscando asilo na Europa e na América do Norte.

A China fará sua próxima jogada para aumentar sua presença global. As nações se voltarão para o objetivo de forjar uma nova ordem mundial. Certas lições do tratamento dessa atual crise não serão esquecidas por aqueles que desejam uma ordem global transnacional.

Em breve, veremos o retorno dessas e de outras tendências relacionadas alinhando-se à profecia bíblica.

Quão repentino significa repentinamente?

Em menos de duas semanas, vimos o mundo passar de uma sensação de normalidade para uma reação urgente ao vírus Covid-19, mudando a vida diária de centenas de milhões de pessoas. E isso foi tão repentino que ninguém teve tempo de se preparar. Escolas e empresas foram fechadas. Os principais eventos esportivos como as Olimpíadas de Tóquio, o campeonato de basquete da NBA e todos os principais eventos esportivos do mundo foram abruptamente cancelados.

Os voos das companhias aéreas sofreram uma redução de oitenta por cento ou mais, fazendo com que o setor sofresse uma queda drástica no tráfego de passageiro e carga e colocando as companhias em risco financeiro. O Congresso dos Estados Unidos aprovou o maior pacote de ajuda e estímulo multibilionário ao setor aéreo da história. Todos esses são eventos sem precedentes e tudo aconteceu praticamente da noite para o dia. Enquanto escrevo isso, ainda estamos tentando compreender a magnitude do que aconteceu.

Cristo disse: “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo. É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um, a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse” (Marcos 13:33-34). Cristo é o senhor dessa casa, e nós somos os servos, cada um tem autoridades e trabalhos designados.

“Vigiai, pois,” Ele continuou, “porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã” (versículo 35). E isso também diz respeito a nós, pois não sabemos quando Cristo voltará, mas sabemos que temos uma ordem dEle para vigiar, orar e continuar a obra que Ele nos deu para fazer.

A Igreja de Cristo tem o respaldo da autoridade do Reino de Deus. E nós, responsáveis pela revista A Boa Nova, compreendemos nossa parte na proclamação dessa mensagem que anuncia a vinda do Reino de Deus. Pois, recebemos autoridade para explicar o que dizem as profecias da Palavra de Deus sobre os atuais eventos mundiais. E essa autoridade inclui informar a todos que leem essa suprema verdade de que Deus está formando sua própria família espiritual, começando nesta era com Sua Igreja, o Corpo de Cristo. Essa é a obra que nós fomos chamados a fazer — uma obra que Deus quer que você faça parte.

Jesus conclui Suas instruções com esta advertência: “...para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai” (versículos 36-37).

Como já vimos, repentinamente significa sem aviso e quando menos se espera.

As folhas da figueira

Pouco antes disso, na mesma sessão de ensinamento a Seus discípulos, Cristo deu uma breve parábola sobre a figueira. Eles estavam familiarizados com as figueiras, pois naquele tempo havia abundância delas na Terra Santa. Os figos eram muito importantes para a economia local — um alimento básico e uma importante fonte de renda e comércio. A destruição de figueiras e outros produtos agrícolas estavam ligados às profecias apocalípticas das Escrituras.

Cristo disse: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já o seu ramo se torna tenro, e brotam folhas, bem sabeis que já está próximo o verão. Assim também vós, quando virdes sucederem essas coisas, sabei que já está perto, às portas. Na verdade vos digo que não passará esta geração [a geração do tempo do fim] sem que todas essas coisas [os eventos que levarão ao retorno de Cristo] aconteçam. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Marcos 13:28-31).

Ao ver as folhas verdes aparecendo na vegetação da floresta, penso nessa passagem. Sei que elas não são figueiras — cujas folhas brotavam na terra de Israel antes da colheita do trigo, mais ou menos nesta época do ano — mas a lição da mudança sazonal permanece gráfica e poderosa. Jesus nos diz que haverá uma época em que tudo o que Ele ensinou sobre o fim dos tempos estará próximo e "todas essas coisas" acontecerão. Aqueles que estiverem vigiando as folhas verdes das figueiras saberão e agirão com prudência e sabedoria.

Estamos num tempo em que Deus está avaliando as nações. Uma peste se espalhou entre todas as nações e há preocupação financeira em todo lugar. Mas saiba que Deus está plenamente consciente do que está acontecendo. Ele permitiu isso, assim como Ele permite que todas as atividades do homem aconteçam. Deus está dando às nações a oportunidade de parar e refletir sobre Sua Palavra e nossas próprias vidas.

O que você aprenderá com essa pandemia?

Você usará esse tempo para buscar a Deus enquanto Ele pode ser encontrado e Sua verdade pode ser entendida?

"Que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam?"

Eu havia mencionado dois tempos de crise anteriores que atingiram o mundo — os atentados de 11 de setembro de 2001 e a crise financeira de 2008. Depois de ambos, o mundo voltou ao normal. A Disneylândia reabriu e as bolsas voltaram a subir. E voltamos a viver a vida como se nada de dramático tivesse acontecido. E o que acontecerá desta vez?

Não desperdice esse tempo de crise pensando que voltar ao normal nas próximas semanas ou meses significa que nada importante aconteceu. Sem dúvida, aconteceu algo significativo. Na verdade, algo muito significativo. Deus nos mostrou a grande fragilidade da vida e a civilização moderna — e que ninguém está imune a isso. Você precisa agir!

Durante essa pandemia, o tráfego de acesso no site da revista A Boa Nova teve um pico alto de atividade, pois as pessoas estão em busca de informações sobre o significado de tudo isso. Vemos pessoas ansiosas para conseguir materiais sobre as profecias bíblicas. E realmente as profecias são importantes. Elas podem ajudá-lo a entender muito sobre Deus e Seu plano. Porém, o mais importante é que isso possa incentivá-lo a mudar sua vida e apoiar-se na esperança e na certeza da intervenção de Deus nos assuntos humanos.

Preste atenção no que Pedro diz sobre os eventos proféticos: “Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa” (2 Pedro 3:11, NVI). Ele está dizendo que o entendimento da profecia deve nos levar, necessariamente, a viver uma vida santa e piedosa. E como sabemos que um julgamento está chegando, então devemos nos preparar para enfrentar, com fé e coragem, o próximo tempo de provação. Agora é a hora de preparar sua vida. Agora é a hora de buscar a Deus e preparar sua vida para a era vindoura!

Darris McNeely works at the United Church of God home office in Cincinnati, Ohio. He and his wife, Debbie, have served in the ministry for more than 43 years. They have two sons, who are both married, and four grandchildren. Darris is the Associate Media Producer for the Church. He also is a resident faculty member at the Ambassador Bible Center teaching Acts, Fundamentals of Belief and World News and Prophecy. He enjoys hunting, travel and reading and spending time with his grandchildren.

 
Muitos pensam que este livro da Bíblia não pode ser entendido. Uma vez que significa "revelar", você pode entender suas mensagens vitais.

A Tecnologia Moderna Foi Prevista Na Profecia Bíblica?

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Três profecias específicas, registradas há milhares de anos, prenunciam nossa incrível era de avançada tecnologia!

O avanço acelerado da tecnologia está transformando a civilização da maneira que ninguém esperava — maneiras empolgantes e assustadoras, que estamos apenas começando a entender. A tecnologia parece estar prestes a recriar seres humanos de uma nova forma — algo alterado, biônico, computadorizado, robótico e sobre-humano.

A “teia” da Internet surgiu e cobriu quase todos os elementos da civilização. Os celulares inteligentes, os relógios inteligentes e as casas inteligentes estão aumentando neste "mundo inteligente".

Pensar na tecnologia moderna — considerando a esperança e o medo, os prós e os contras, as alegrias e as preocupações — levou alguns a perguntar se nossa era digital sem precedentes se encontra na profecia bíblica. É o que estamos vendo hoje pode ter sido predito, de alguma forma, nas páginas de um livro escrito há muitos séculos?

Talvez alguns leitores se lembrem da mensagem entregue ao profeta Daniel, há mais de vinte e cinco séculos. Daniel 12:4 diz que no tempo do fim “muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará” (ACF). Somente na história recente estamos vendo uma época em que milhões de pessoas voam rapidamente por todo o mundo, chegando a seus destinos em poucas horas, algo que nos séculos anteriores levava meses ou até anos.

E quanto ao avanço do conhecimento, um artigo no site do Digital Journal observou essa tendência impressionante: “Até o ano de 1900, o conhecimento humano quase dobrou a cada século. Entretanto, em 1950, o conhecimento humano começou a dobrar a cada 25 anos. Em 2000, o conhecimento humano estava dobrando a cada ano. Agora, nosso conhecimento está dobrando quase diariamente” (“O Conhecimento Dobra Quase Diariamente e a Tendência É Aumentar Ainda Mais”, Tim Sandle, 23 de novembro de 2018, grifo nosso).

Certamente, isso nos fez prestar atenção à rapidez com que nosso mundo está mudando — e as profecias bíblicas, antes intrigantes, agora podem ser cumpridas. Vejamos como três versículos bíblicos específicos prenunciam a atual era da Internet, do smartphone e do Big Data interconectado e como a profecia está sendo ou pode ser cumprida.

Mateus 24:14: O evangelho alcançando todas as nações

Em Mateus 24, os discípulos de Jesus Cristo perguntaram-Lhe o que sinalizaria Seu retorno. Aqui está algo que Ele disse que aconteceria: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (versículo 14, ACF).

Quando Jesus entregou essa profecia em um mundo muito diferente. A comunicação era limitada. As mensagens eram levadas a pé, de navio ou a cavalo. Levava tempo, às vezes muitíssimo tempo, para espalhar a palavra.

Hoje em dia, não mais.

Aquilo que começou com uma prensa móvel, em 1439, consequentemente evoluiu para a Internet e os smartphones — acesso instantâneo a qualquer coisa e a qualquer momento! Hoje, aproximadamente 2,7 bilhões de pessoas em todo o mundo possuem um telefone celular inteligente, que põe um imenso conhecimento coletivo da humanidade ao alcance de todos a qualquer tempo.

As palavras de Cristo, em Mateus 24:14, nunca fizeram tanto sentido como nesta época. A Internet no bolso de todo mundo significa que agora existe o potencial — como nunca antes — para que o verdadeiro evangelho do Reino vindouro seja pregado, verdadeiramente, a “todas as nações”. A revista A Boa Nova, impressa e digital, chega praticamente a todo o mundo, com exceção algumas poucas nações ao redor do globo.

O cenário está preparado para que Deus alcance grande número de pessoas com o verdadeiro evangelho. E o contexto desta profecia é justo antes da segunda vinda de Cristo.

Apocalipse 11:9: As notícias mundiais em tempo real

O segundo versículo da profecia da tecnologia está num livro muito discutido, mas pouco compreendido: Apocalipse.

Entre suas muitas profecias, a que se encontra no capítulo 11 envolve dois servos de Deus chamados de "duas testemunhas". Aqui descobrimos uma pista que aponta para a tecnologia avançada de hoje.

Aqui está o cenário das duas testemunhas: O fim dos tempos começou para a humanidade, que se rebelou contra Deus. O dia do Senhor — o tempo da ira de Deus — está em andamento. Deus dá às duas testemunhas poder para pregar em Seu nome por 1.260 dias. Elas fazem milagres, agem fora de Jerusalém e não podem ser feridas (versículos 3-6).

Mas depois que terminam seu trabalho, Deus permite que sejam mortas (versículos 7-8).

Em seguida, acontece algo curioso, que as gerações anteriores nunca poderiam explicar: “E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade [Jerusalém]... E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações [todos os países!] verão seus corpos mortos por três dias e meio... E os que habitam na terra [novamente todas as nações!] e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra” (versículos 8-10, ACF). As duas testemunhas são ressuscitadas dentre os mortos.

Como pessoas de todo o mundo verão os corpos das duas testemunhas em Jerusalém? Isso era impossível em qualquer outra época! As gerações anteriores só podiam imaginar e coçar a cabeça acerca disso. Claro que Deus poderia usar algum tipo de telão sobrenatural no céu para transmitir o evento a todos os povos. Mas não há evidência disso no relato de Apocalipse.

O que esta passagem descreve se encaixa apenas às condições posteriores ao surgimento da era do smartphone tecnologicamente conectado. É fácil imaginar as massas, descritas em Apocalipse, verificando incessantemente os sites de notícias ou as mídias sociais em busca de atualizações sobre os eventos sobre essas duas testemunhas e pensar em todos sintonizados vendo a morte desses servos de Deus ser transmitida ao vivo por sites de notícias.

Então, em Apocalipse 11: 9, vemos a predição dos avanços tecnológicos atuais!

Apocalipse 13:15-17: Um sistema de controle global e sem precedentes

Agora fica assustador.

Muitas passagens mostram o surgimento, nos últimos dias, de uma superpotência dominante na Europa, chamada “a Besta”. A Palavra de Deus mostra que ela exercerá um controle sem precedentes sobre as pessoas — como o vasto Império Romano, porém maior e mais moderno, e com a religião desempenhando um papel importante. (Para saber mais sobre esse sistema da Besta vindoura, leia nosso guia de estudo gratuito O Livro de Apocalipse Revelado).

Apocalipse 13:15-17 mostra como o líder religioso dessa superpotência do tempo do fim respeitará o aspecto civil desse poder, punindo e matando aqueles que se recusarem a adorar a Besta: “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E [o falso líder religioso] faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal...”.

Observe como aqueles que se recusam a fazer parte desse sistema satânico são impedidos de comprar ou vender — sua capacidade financeira é bloqueada. Então, comece a pensar nisso, pois está chegando o tempo em que nossa sociedade ficará sem dinheiro. De forma cada vez mais acelerada, toda transação financeira está se tornando digital. E não será tecnicamente difícil para as pessoas deixarem de poder comprar e vender se não se alinharem com o poder da Besta.

Enquanto os outros versículos sugerem que essa marca, provavelmente, seja figurativa, representando a participação num sistema falso de adoração — seguindo a sociedade ao adotar práticas do paganismo e rejeitar os verdadeiros sinais de adoração cristã que identificam o povo de Deus — e não é absurdo concluir que a tecnologia avançada responderá por grande parte do poder da Besta.

A tecnologia pode não ser a verdadeira marca da Besta, mas é quase certeza que será usada para impor essa marca.

Não haverá onde se esconder

Hoje em dia já vemos os governos e empresas usarem a tecnologia de maneira assustadora para milhões de pessoas. Um artigo recente no canal de mídia Vice — intitulado “Paguei Trezentos Dólares a um Caçador de Recompensas e Ele Localizou Nosso Telefone” — começa assim: “A T-Mobile, a Sprint e a AT&T estão vendendo acesso aos dados de localização de seus clientes, e esses dados acabam nas mãos de caçadores de recompensas e de outros indivíduos que não têm autorização para obtê-los, permitindo assim que rastreiem a maioria dos telefones no país” (Joseph Cox, 8 de janeiro de 2019).

Outro alarme soou quando os professores Woodrow Hartzog e Evan Selinger revelaram como a tecnologia está roubando nossa privacidade: “A tecnologia está tornando impossível se esconder das pessoas...A tecnologia de reconhecimento facial representa um perigo para a sociedade...Se seu uso continuar crescendo e não houver regulamentação adequada, podemos perder a capacidade de sair em público sem sermos reconhecidos pela polícia, nossos vizinhos e empresas” (“Você Não Pode Mais Se Esconder Na Multidão”, The New York Times, 17 de abril de 2019).

Os professores também mostraram como isso afetará a vida religiosa das pessoas: “Você pode ter pensado que poderia deixar de ir à igreja sem ninguém perceber, mas as igrejas estão adquirindo sistemas de reconhecimento facial para garantir que sua ausência seja devidamente anotada. E isso não vai parar por aí".

Logo todos os aspectos de nossas vidas, inclusive nossas escolhas religiosas, poderiam ser usados contra nós.

Nem sempre um poder é usado para o bem comum

O editor do Wall Street Journal, Gerard Baker, abriu as cortinas sobre os "benefícios" da tecnologia num artigo, em abril de 2019, intitulado "Afinal, A Tecnologia Não É Um Poder Libertador".

“Em mãos de forças competentes e exploradoras, como, por exemplo, a República Popular da China ou o Facebook, a longa marcha rumo à escravidão tecnológica continua em ritmo acelerado. Com todos os seus benefícios, a inteligência artificial, do tipo que impulsiona o software de reconhecimento facial e um milhão de outras habilidades, está provando ser um instrumento extraordinariamente útil para promover a repressão...os governos estão usando a Inteligência Artificial e outras tecnologias de inúmeras maneiras para silenciar a dissidência, enfraquecer os oponentes e promover suas próprias ideologias...

“Até mesmo durante a Primavera Árabe, a tecnologia demonstrou que poderia ser uma faca de dois gumes, com governos autocratas usando tecnologias emergentes para rastrear e caçar agitadores. E agora, em menos de uma década, os avanços se aceleraram. A China lidera a caminhada, mas os governos de tendência autoritária estão adquirindo e adaptando avidamente ferramentas semelhantes... As possibilidades são assustadoras”.

E, sem dúvida, são! Novamente, as profecias bíblicas predizem a ascensão de um poderoso governo autoritário — com um tamanho, escopo e nível de controle que a humanidade nunca viu. E a tecnologia avançada certamente será uma das melhores ferramentas da Besta — uma de suas armas mais eficazes!

Um sistema de controle massivo

O sistema de crédito social da China é de longe a aplicação mais séria da tecnologia no mundo real atualmente.

O jornal The Guardian descreve da seguinte maneira: "O sistema de crédito social da China [é] um sistema Big Data para monitorar e moldar os negócios e os comportamentos dos cidadãos...O sistema, que foi comparado a uma ferramenta orwelliana de vigilância em massa, é um trabalho ambicioso em andamento: uma série de Big Data e processos habilitados para IA [inteligência artificial], que efetivamente concedem aos indivíduos uma pontuação de crédito social com base em seu comportamento social, político e econômico. Pessoas com baixa pontuação podem ser proibidas de acessar serviços ou incluídas na lista negra do sistema, incluindo voos e viagens de trem; enquanto aqueles com altas pontuações podem obter privilégios. O governo chinês pretende que todos os 1,35 bilhão de cidadãos estejam sujeitos ao sistema em 2020" ("Sistema de Crédito Social da China Pode Interferir na Soberania de Outras Nações", Kelsey Munro, 27 de junho de 2018).

Pense nisso! Um sistema governamental que monitora mais de um bilhão de pessoas, rastreia todos os aspectos de suas vidas e, em seguida, classifica as pessoas com uma pontuação e aplica punições e multas se não agirem de acordo com o que o governo decide como certo e errado!

E isso não é meramente hipotético! O sistema já teve consequências no mundo real: "Alguns viajantes foram impedidos de comprar passagens aéreas 17,5 milhões de vezes no ano passado por crimes de "crédito social", incluindo impostos e multas não pagos...Outros foram proibidos 5,5 milhões de vezes de comprar passagens de trem, de acordo com o Centro Nacional de Informações Sobre Crédito Público” (“China Impede Milhões de Pessoas de Viajarem Por Delitos de 'Crédito Social'”, Joe McDonald, 22 de fevereiro de 2019).

Pense em Apocalipse 13 e como tudo isso pode ser usado para influenciar e controlar as práticas religiosas das pessoas e todos os aspectos de suas vidas. A base está sendo lançada.

Uma perseguição religiosa alimentada pela tecnologia

O Washington Post deu mais detalhes sobre como a China está usando essa tecnologia para controlar as pessoas, conforme apresentado em um relatório do Human Rights Watch: “As autoridades chinesas, na província ocidental de Xinjiang, estão construindo um banco de dados abrangente que rastreia os movimentos, o uso de aplicativos móveis e até o consumo de eletricidade e gasolina de pessoas nessa região predominantemente muçulmana... [Esses] controles de Pequim... fazem parte das medidas repressivas em Xinjiang, que incluem a detenção de um milhão de cidadãos muçulmanos em campos de internação e uso de equipamentos de vigilância de longo alcance...

"Recentemente, depois de negar por um ano a existência desses centros de detenção, as autoridades chinesas argumentaram que a rede de campos de internação de Xinjiang foi construída para educar e desradicalizar uma população muçulmana que se tornou cada vez mais influenciada pela ideologia islâmica extremista.

“Grupos de direitos internacionais e países ocidentais dizem...que essa [é] uma abordagem de aplicação da lei que pune o comportamento aparentemente lícito ou padrões de práticas religiosas” ("Sistema de Policiamento: Banco de Dados Chinês Rastreia Aplicativos, Localização de Veículos e Até Uso de Eletricidade na Região Muçulmana”, Gerry Shih, 2 de maio de 2019).

Segundo a pesquisadora Maya Wang, autora do relatório da Human Rights Watch, a liberdade de todos está sob ataque. “Isso não é apenas sobre Xinjiang ou mesmo sobre a China — diz respeito ao mundo todo e se nós, seres humanos, podemos continuar tendo liberdade em um mundo de dispositivos conectados. Esse alerta não é apenas para a China, mas para todos nós”, disse Wang.

Um artigo no The New York Post relata assustadoramente: “Uma das maneiras pelas quais as pessoas podem melhorar sua própria pontuação de crédito social é delatando supostos delitos de outras pessoas. Os indivíduos podem ganhar pontos, por exemplo, por denunciar aqueles que violam as novas restrições de práticas religiosas, como cristãos que se encontram ilegalmente para orar em casas particulares...É claro que, à medida que o estado avança cada vez mais em direção à sua meta de monitorar todas as atividades de seus cidadãos, 24 horas por dia e sete dias por semana, a própria sociedade se torna uma prisão virtual” (“Novo Sistema de Crédito Social da China É Um Pesadelo Distópico”, Steven Mosher, 18 de maio de 2019).

Tudo isso é chocante, seriíssimo e até difícil de acreditar. Mas essas tendências só vão piorar!

Nosso preocupante futuro

Essa poderosa tecnologia já está nas mãos de pessoas importantes em grandes empresas e governos. Muitos estão lançando mão dela e isso poderia ser usado tanto para o bem quanto para o mal, de modo que uma espada digital de Dâmocles paira sobre a cabeça de bilhões de pessoas.

Muitas pessoas preocupadas estão pedindo a intervenção de órgãos reguladores do governo. Mas o que acontece quando os próprios governos são os piores criminosos?

Ninguém sabe exatamente como tudo isso acontecerá ou como essas grandes profecias serão especificamente cumpridas. Mas, no cenário de hoje, sobre como a tecnologia está sendo usada para controlar e prejudicar as pessoas, nós podemos ver um esboço do rastro de energia da Besta, que retira das pessoas o direito de realizar negócios e comércio, e elimina os inconformados.

A certeza é que a situação está ficando cada vez mais assustadora para o cidadão comum em qualquer governo, e a tecnologia não trará a utopia aguardada pelo homem. A tecnologia continuará sendo usada para uma mescla de bem e de mal, porque a natureza do homem em parte é boa e em parte é má.

Você pode entender!

Há muito tempo, o Deus Criador — o Projetista e Arquiteto Mestre de nosso mundo físico — sabia que esse dia chegaria. Ele sabia que os seres humanos, deixados à própria sorte e com tempo suficiente e mentes capazes de criar e trabalhar juntos em estreita cooperação, um dia ficariam admirados e surpresos com suas invenções.

Como vimos em três profecias específicas, Deus predisse os tipos de tecnologia avançada que estamos vendo hoje. E, além do que vimos aqui, você pode saber ainda mais sobre o que Ele disse que aconteceria em nossa época!

Os servos de Deus entendem a conjuntura geral do plano de Deus. O profeta Amós foi inspirado a registrar: “Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas" (Amós 3:7, ARA). Esse "segredo" foi revelado aos profetas e aos apóstolos de Deus e agora está sendo transmitido a nós através da Bíblia!

Darris McNeely works at the United Church of God home office in Cincinnati, Ohio. He and his wife, Debbie, have served in the ministry for more than 43 years. They have two sons, who are both married, and four grandchildren. Darris is the Associate Media Producer for the Church. He also is a resident faculty member at the Ambassador Bible Center teaching Acts, Fundamentals of Belief and World News and Prophecy. He enjoys hunting, travel and reading and spending time with his grandchildren.