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A oração - uma ferramenta para o crescimento espiritual: Legendas em Português

Você já derramou seu coração a Deus e ouviu apenas silêncio? Aprenda como você pode resolver esse dilema.

Transcript

Em tempos difíceis quando parece que Deus não está escutando, não desista.

Você já derramou seu coração diante de Deus, lutando desesperadamente? Talvez você esteja orando por um filho doente ou por seu casamento, mas recebe apenas o silêncio como resposta.

Parece que Deus não está respondendo a sua oração. Simplesmente, parece que, Ele não se importa.

Você já se sentiu assim alguma vez? Vi que alguns de vocês balançaram a cabeça afirmativamente. A verdade é que todo cristão ou a maioria dos cristãos já se sentiram assim, mas ficamos com vergonha de dizer isso. Para você ter um relacionamento mais profundo com Deus, você tem que aprender a lidar com os momentos em que parece que Ele simplesmente não responde suas orações e você começa a ter uma crise de fé. Jesus entregou uma parábola sobre a oração que, quando lida pela primeira vez, parece muito estranha. Nessa parábola, Ele fala de um juiz que “nem a Deus temia, nem respeitava homem algum”.

Esse juiz não se importava com Deus ou com Suas leis ou com Seus caminhos. Ele não se importava com os seres humanos. Ele não se importava com as pessoas que eram trazidas diante dele. E, certamente, ele não se importava com a lei civil. Ele não se importava com a justiça. Ele se importava apenas consigo mesmo e, nessa parábola, uma viúva vai até esse homem e apresenta uma petição justa. Ela tem uma demanda justa. Alguém estava infringindo a lei e aproveitando-se dela. Essa pessoa estava prejudicando-a. Mas o juiz a ignora. Então, veja aqui o que ela faz.  Ela volta lá uma vez, duas vezes, três vezes e de novo. Agora não sabemos por que ele não estava lhe atendendo. Talvez ela não tivesse dinheiro para um suborno, talvez ele simplesmente não se importasse com viúvas e pessoas pobres. Mas, finalmente, o juiz diz: “Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito”.

Agora, imagine por um instante, que você está na multidão que está escutando Jesus contar essa história. Talvez você possa estar pensando: Aonde ele quer chegar? Qual é o Seu ponto? Agora vamos ler o que Jesus disse. Porque Ele entrega essa parábola e diz o seguinte à multidão. “Ouvi o que diz o injusto juiz”. Mas espere um pouco, o ponto é que Ele quer que você escute o que disse o juiz injusto. Você pode estar pensando: “Uau! O que Ele está querendo dizer com isso?”.

Então, Ele diz o seguinte: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” Deus é tardio para com eles. Mas, para entender completamente essa parábola, precisamos ver um comentário que está no livro de Lucas, no Evangelho de Lucas, antes desta parábola. Lucas é uma pessoa muito interessante. E ele não estava lá. Ele não estava lá quando Jesus deu essa parábola. Mas, alguns anos depois, ele reúne todas as histórias sobre Jesus, todas as parábolas e todos os ensinamentos, e as escreve. E, de vez em quando, ele escreve um pequeno comentário sobre algo que Jesus disse. Por isso, o comentário que você encontra no início desta parábola foi escrito por Lucas.

 “E [Jesus] contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer”. Orar sempre e nunca desfalecer. Vemos que essa parábola é sobre aqueles momentos em que precisamos nos lembrar disso. Aqueles momentos difíceis em que parece que Deus não está respondendo. Nesta parábola, Jesus não está dizendo que Deus é como o juiz injusto. Não é isso que Ele está dizendo. Jesus está ensinando que, às vezes, juízes corruptos podem fazer o bem, sobretudo quando as pessoas são persistentes. Visto que isso é verdade, quanto mais nosso amado Pai responderá àqueles que clamam a Ele de dia e de noite?

Portanto, isso nos leva a alguns pontos da parábola. O primeiro ponto que queremos falar hoje.

1. Você deve perseverar em oração.

Segundo essa parábola, Deus espera que clamemos. Esta é uma ação emocional muito ativa. É preciso clamá-Lo de dia e de noite. Podemos aprender muitas lições dessa parábola. Também podemos deduzir muitas coisas do que Jesus disse.

Primeiramente, Deus não está interessado em orações de panfletos ou em coisas que continuamos repetindo várias vezes, ou seja, palavras sem sentido. O que Deus quer de nós é clamor. Ele quer oração sincera e profunda porque estamos confiando nEle. Estamos indo até Ele e estamos buscando algo dEle. Observe como Jesus terminou essa parábola. E eu gostaria de repetir esta parte em que Ele disse: “E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lucas 18:7-8)

A preocupação de Jesus é que, em tempos de dificuldades, ou seja, quando os tempos ficarem difíceis e houver momentos em que parece que Deus não está respondendo ou não está se importando, pensemos em desistir de Deus. Essa é a questão. Essa é a preocupação dEle. Por que desistimos tão facilmente de Deus? Nós fazemos isso todo o tempo. E, mais uma vez, nós não gostamos de admitir isso, mas é verdade.

Parte disso é por causa de nossa fraqueza humana. Mas outra parte é porque não sabemos como nos relacionar com Deus. Agora, isso pode parecer estranho. Quero dizer, como me relaciono com Deus? Vamos pensar sobre isso por um instante. Deus está interessado em que você se relacione com Ele como Deus. Falamos sobre relacionamentos e sempre falamos sobre nosso relacionamento com Deus. E vocês sabem que em um relacionamento temos pessoas se relacionando entre si. Elas compartilham interesses em comum, confiam umas nas outras e se entendem. E, em nossa interação com Deus, ficamos obcecados para que Deus se relacione conosco, mas isso é natural. Creio que eu não seja o único que faz isso. Estou obcecado para que Deus se relacione comigo. Eu preciso que Deus se relacione comigo. Eu quero que Deus se relacione comigo, mas quanto tempo, energia e esforço você gasta tentando se relacionar com Deus como Ele realmente é?

Como você responde a essa pergunta tem muito a ver com a maneira como respondemos a Deus, quando parece que Ele não está respondendo nossas orações. Agora, eu queria expandir essa ideia de se relacionar com Deus, mas primeiro deixe-me chamar sua atenção para nosso guia de estudo. Todos vocês receberam um deste quando chegaram aqui. Ele se chama “Ferramentas para o Crescimento Espiritual”. E quem está assistindo pode obter sua cópia gratuita deste guia de estudo ligando para o número na parte inferior da tela ou acessando o site revistaboanova.org, onde é possível baixá-lo ou solicitá-lo.

Vamos abri-lo na página 10. Porque falamos sobre oração sem resposta, ou o que pensamos ser uma oração sem resposta, ou que parece não ser respondida, mas não podemos cobrir todo o tema neste curto período de tempo aqui. Na página 10, você verá um pequeno requadro. Este é um estudo bíblico importante e se você olhar o cabeçalho, verá o título diz: “Deus Estabelece Condições Para Responder Nossas Orações”. Em outras palavras, quando houver momentos em que sentimos que Deus não está nos respondendo, pode haver algumas razões para isso. Sim, existem razões. E este guia de estudo bíblico vai ajudá-lo a entender essas razões. Agora, não poderemos cobrir tudo isso. Então, leve seu guia de estudo para casa e, você que assiste, não deixe de solicitar um exemplar para continuar estudando o assunto que estamos tratando hoje.

Agora, nosso primeiro ponto, ao lidar com momentos em que parece que Deus não responde nossa oração, é a Parábola do Juiz Iníquo, onde Jesus diz que você deve perseverar em oração. Mas como perseverar se não entendermos a Deus? Como podemos, em nossa fraqueza, entender o Deus Todo-Poderoso? Como podemos nos relacionar com esse Ser transcendental? Bem, vamos voltar para a Parábola do Juiz Iníquo, mas primeiro eu vou falar de outro ensinamento de Jesus Cristo sobre a oração. E ele se encontra no Sermão da Montanha. O Sermão da Montanha, o mais famoso sermão de Jesus, foi registrado em Mateus. Na verdade, Jesus entrega vários ensinamentos sobre a oração. Importantes ensinamentos sobre a oração. Mas aqui, eu quero enfocar apenas em alguns versículos que têm a ver com a maneira como nos relacionamos com Deus.

Agora, quando você lê isso, talvez pense: “Espere um pouco, o que isso tem a ver com relacionamentos?”, mas tem. Então, eu tenho que me relacionar com esse Deus transcendental e ser persistente. Oh, o que isso significa? Ele vive eternamente. Eu vivo neste pequeno espaço do tempo, então como devo lidar com isso? Ok, aqui está o que Jesus disse: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (Mateus 7:7-8, NVI). Pedir, buscar e bater à porta. Todos são aspectos sobre como nos relacionar com Deus. É assim como nos aproximamos de Deus. Pedir. Você sabe que Deus espera que peçamos a Ele. Lembre-se que na Parábola do Juiz Iníquo, a viúva clamava de dia e de noite. Não podemos nos aproximar de Deus dizendo que Ele sabe tudo e por isso não precisamos Lhe pedir. Isso não é se relacionar. Peça.

Se você estiver anotando, gostaria que anotasse isso. Se estiver tomando notas, eu gostaria que você escrevesse isto: Pedir. O que pedir tem a ver com se relacionar com Deus? Ok. Escute. Pedimos a Ele porque estamos reconhecendo nossa inferioridade e nos relacionando com Sua grandeza. Não tinha como haver igualdade, não é mesmo? Permita-me repetir isso. Pedimos a Ele porque estamos reconhecendo nossa inferioridade e nos relacionando com Sua grandeza. Jesus disse para pedirmos. Vá até ao grandioso Deus. Você precisa entender sua pequenez e a grandeza de Deus antes de ir diante dEle.

Depois, Ele disse para buscar. Buscar é uma palavra muito forte. Ela é um verbo. Ela não significa olhar casualmente ao redor. Para se buscar algo é preciso esforço, é preciso trabalho, é preciso vontade. Então, anote isso. Nós O buscamos porque admitimos desconhecimento. Nós O buscamos porque admitimos falta de compreensão. Nós O buscamos porque precisamos dEle.

Observe que pedimos porque estamos nos relacionando com Sua grandeza e nossa pequenez. Nós O buscamos porque admitimos desconhecimento. Nós O buscamos porque admitimos nossa falta de compreensão. Nós O buscamos porque precisamos dEle.

Somos orientados a bater na porta. Agora bater na porta não significa que eu e você vamos lá bater na porta até conseguirmos a atenção de Deus até Ele dizer: “Certo, você está Me incomodando, Eu lhe darei uma resposta”. Não se trata disso. Isso significa apenas que somos persistentes e continuamos batendo. Isso nos remete de volta à Parábola do Juiz Iníquo. Nós continuamos batendo. Por que continuamos batendo? Por quê? Seria porque Deus gosta que você bata? É por isso é que você continuaria batendo? Porque isso realmente é importante. Por isso você continua batendo. Anote isso aí. Nós batemos porque não há outro lugar para ir. Para onde você iria? Você está diante da porta que leva a Deus. Você diria que iria encontrar outra resposta para o seu problema ou que iria procurar outro jeito ou outra pessoa? Não. Você continuaria batendo porque não há outro lugar para ir. Agora você está se relacionando com Deus. Você deixa de apenas pedir, pedir e pedir para desejar conhecê-Lo. E passa a ter vontade de conhecê-Lo. Você sabe que pedir, buscar e bater na porta é a nossa débil maneira de tentar nos relacionar com Deus e Jesus disse para fazer isso. Pedir e buscar. Há muita ação nisso. Pedir, buscar e bater à porta.

Agora, vamos voltar e terminar o que Jesus disse no Sermão da Montanha sobre este assunto. Ele disse: “E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7:9-11). O ponto é que se nós, como pais, damos coisas boas aos nossos filhos, quanto mais Deus nos dará coisas boas? Ele não disse que Deus nos dará tudo o que queremos. Ele não disse isso. Deus nos dará coisas boas.

Se o seu filho ou neto de cinco anos de idade lhe disser que quer uma faca de caça, então você ou o avô dele vai dizer-lhe que não há problema e que vai lhe comprar uma faca de caça? E a entregará a ele, dizendo para ir brincar com os coleguinhas no quintal? Nenhum pai ou avô fará isso. Isso não é bom para crianças, certo? Se você pede uma faca a Deus, mas você tem cinco anos de idade, Ele não lhe dará isso. Lembre-se disso. Ele disse que vai nos dar coisas boas. Ele não disse que vai dar tudo o que você quer. E isso significa que no cerne da atitude de pedir, buscar e bater deve haver confiança de que Deus fará o que é melhor para nós, mesmo quando não entendemos, mesmo quando a resposta dEle não seja a que queremos. Mesmo quando pareça que Ele não está respondendo.

E isso nos leva ao segundo ponto. Nosso segundo ponto é que você deve buscar a vontade de Deus e ter fé em Suas respostas.

2. Você deve buscar a vontade de Deus e ter fé em Suas respostas.

Agora, buscar a vontade de Deus é algo muito importante. Eu não disse buscar a ajuda de Deus. Claro que devemos buscar a ajuda de Deus. Você sabe que devemos clamar de dia e de noite. Mas, uma coisa é buscar a ajuda de Deus e outra coisa é buscar a Deus. Eu busco a Deus para conseguir um carro novo. Certo, mas pedir-Lhe um carro novo não é buscar a Deus. Bem, isso parece difícil. Eu estou buscando a Deus por cura. Você não está buscando a Deus, você está buscando a cura de Deus. Não é errado fazer essas coisas, mas isso não é a mesma coisa. Em outras palavras, isso não é se relacionar com Deus. Somente quando buscamos a Deus mesmo e Ele nos revela algo sobre Si mesmo é que demonstramos confiar em Suas respostas.

Enquanto buscarmos coisas, e não as conseguirmos, não confiamos nEle. Enquanto buscarmos as respostas que queremos, e não a obtermos, não confiamos em Deus. Nós temos que buscar a Deus.

Quanto mais envelheço, mais aprecio os Salmos. Ali Davi apenas derrama seu ser o tempo todo, em poemas e músicas, diante de Deus. E é como se não tivesse nada a esconder, sabendo tudo aquilo, ele apenas abre o coração. Ele ora a Deus e ele luta com Deus o tempo todo. Ele não tem mais vergonha de lutar com Deus, ele apenas faz isso. Há alguns versículos fascinantes no Salmo 27. Agora, eu gostaria que você realmente refletisse sobre o que Davi diz aqui. Ele diz: “Ouve, SENHOR, a minha voz quando clamo; tem também piedade de mim e responde-me” (Salmos 27:7).

Ele está clamando de dia e de noite. Davi está em uma dessas situações que estamos falando. Ele está em uma dessas situações em que está clamando a Deus, mas não está recebendo uma resposta. Ele não entende. “Por que não estás me respondendo? Por favor, ouça-me. Eu estou apenas clamando a Ti”. E Deus lhe dá uma resposta. Certo, então Deus deve dar-lhe exatamente o que ele está pedindo. E aqui está a resposta de Deus: "Busque o Meu rosto". Busque o Meu rosto? Ei, eu estou buscando a Ti porque há um exército invadindo meu país. Eu sou o rei daqui. O que quer dizer com buscar Seu rosto? Mas a resposta de Davi foi: "O meu coração Te disse a Ti: O Teu rosto, SENHOR, buscarei" (Salmos 27:8).

Antes de Davi receber uma resposta de Deus, ele teve que buscar o rosto de Deus, essa é uma das declarações mais pessoais encontrada em toda a Bíblia, não é mesmo? "Busque o Meu rosto". Olhe para mim. Você já viram crianças pequenas fazerem isso? Meus netos fazem isso. E se eu não prestar atenção suficiente neles logo sinto uma mãozinha em meu rosto me virando para eles e me fazendo olhar bem em seus olhos. Ok? Vovô olhe em meu rosto.

Deus disse a Davi: "Busque o Meu rosto". Ele disse: “Mas o Senhor não está respondendo minhas orações”. E Deus disse: “Você não está buscando o Meu rosto. Busque-Me e você receberá uma resposta”. Ele quer que conheçamos os Seus caminhos. Ele quer que sejamos como Ele é da melhor maneira que pudermos. Ele quer que conheçamos Seus propósitos. Deus não está interessado em que tenhamos diversas ideias teológicas abstratas sobre quem Ele é. Ele quer que você O conheça de forma íntima e pessoal. Deus quer que você O conheça de forma íntima e pessoal. E o que nós queremos é uma resposta. Então, parece que há objetivos contrários aqui, não é mesmo? O tempo todo, eu quero uma resposta de Deus. Mas, Ele diz: “Você precisa buscar Meu rosto. Eu posso fazer isso mais tarde. Você faria isso por Mim agora? Busque o Meu rosto”. Esta é uma daquelas declarações pessoais da Bíblia. E foi feita por Deus para nós.

Nossa resposta? Peça, busque e bata à porta.

Todavia há um aspecto da Parábola do Juiz Iníquo que ainda não respondemos. Por que Deus nos faz esperar? Mas, antes vou lembrar-lhes do guia de estudo bíblico que estamos oferecendo, intitulado de "Ferramentas para o Crescimento Espiritual". Se você estiver assistindo, ligue para o número que aparece na parte inferior de sua tela e solicite um exemplar. Ele é grátis. Então, você pode acompanhar todo o tema. Ou acesse o site revistaboanova.org para baixá-lo ou solicitá-lo. Esse guia o ajudará a se aprofundar muito mais no tema que tratamos hoje.

Nós vimos, na Parábola do Juiz Iníquo, Jesus ensinando a orar sempre e não desistir mesmo quando parece que Deus não está respondendo. Nós também vimos que devemos pedir, buscar e bater à porta para nos aproximar de Deus. Mas ainda nos resta esta questão: Por que Deus, às vezes, nos faz esperar? Vamos voltar àquela Parábola do Juiz Iníquo e ler novamente algo que Jesus disse. “E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lucas 18:7-8).

O Deus transcendental está fora do alcance de nossa curta visão, do espaço e do tempo. Então, há um lapso. Há uma diferença entre o tempo de resposta dEle e o nosso tempo de resposta. Você sabe que quando dizemos a uma criança para esperar um minuto, ela acha que vai morrer. Quanto tempo dura um minuto? Sessenta segundos. Sessenta segundos? Ah, eu vou morrer! E é exatamente assim que agimos com Deus.

Deixem-me mostrar-lhes um quadro do famoso pintor Seurat, provavelmente, vocês já viram isso antes. Lembro-me da primeira vez que vi esse quadro no Instituto de Arte de Chicago. Minha filha mais velha era uma adolescente na época e nós fomos lá para vê-lo e, é claro, ele cobria quase toda a parede. Nós tínhamos visto a pintura apenas nos livros. Mas quando entramos e a vimos: Uau! Nesse instante, veio um guarda e disse que se não ficássemos quietos, ele iria pedir para que fôssemos embora. Então, quase fomos expulsos do museu.

Sabemos que ele é famoso pelo seu estilo único. Uma pintura de estilo único. E nessa pintura de estilo único, eu gostaria que você olhasse para a história. Que história notável. As pessoas falam sobre essa história. Você pode imaginar histórias. Há pessoas andando, tem um homem tocando um trompete, tem alguns soldados ali, também tem uma mulher pescando ali, tem pessoas remando um barco. Que história notável, não é mesmo? Mas você sabia que esse estilo de pintura muda de aspecto quando se caminha em sua direção no museu. Quanto menor se vê a imagem, mais distorcida ela se torna, porque ele a pintou em pontilhismo. Então, agora não parece ser a mesma pintura. Esta é minha visão aproximada. Na verdade, se você chegar muito perto é isso que você verá. E essa é nossa visão quando estamos desesperados. Mas a visão de Deus abrange toda a pintura porque Ele é o pintor. Deus é o pintor. Deus é o pintor.

Vemos apenas a pequena parte em que estamos envolvidos e então dizemos: “Por que você não está agindo da maneira que eu quero que Você aja?” E isso nos leva ao nosso terceiro ponto.

3. Você precisa aceitar que Deus vê todo o quadro.

Ele é o pintor e não nós. Somos parte da pintura. E como parte da pintura, continuamos dizendo ao pintor: “Eu não gosto disso. Oh, isso está bem!”. Espere e você verá o quadro todo. Mas não conseguimos ver todo o quadro, então continuamos a questionar.

Você sabe que quando realmente entendemos isso, então entenderemos que Ele tem um propósito maior porque Ele é um pintor, Ele está fazendo essa obra grandiosa e, às vezes, as respostas às nossas orações é a espera. Algumas vezes, a resposta para nossa oração é não. Isso pode ser muito difícil para nós. “Como assim, não?”. “Eu estou trabalhando em uma pintura aqui, ok? Se você pudesse ver o que estou fazendo”. Mas não conseguimos ver isso. Nós vemos apenas os pontilhados. Essa é a nossa vida.

Na verdade, eu aprendi esta lição de uma só vez no início do meu ministério. Eu tinha um amigo que estava morrendo de câncer de estômago. Eu sabia que Deus poderia curá-lo. Eu sabia disso e ia visitá-lo para vê-lo, conversar com ele e encorajá-lo, porque isso era o que eu podia fazer. Eu sou um ministro. Então, fui lá para encorajá-lo e ajudá-lo porque ele estava morrendo. Ele sabia que ia morrer, mas eu cria que Deus iria ajudá-lo.

Um dia eu dirigi até a casa dele e, no caminho, ia pensando sobre isso, Ao chegar a sua casa, sentei-me com ele e começamos a conversar assuntos triviais. E, enfim, eu lhe disse que achava que a resposta poderia ser não. Eu nunca havia pensado nisso antes. Mas, para minha surpresa, ele sorriu e disse que estava esperando eu perceber isso. Ele disse que já tinha percebido que a resposta de Deus era não, mas eu é que não estava aceitando. E ele disse que já tinha aceitado e que eu também deveria aceitar. Tudo que eu conseguia ver eram os pontilhados. Eu não estava conseguindo ver todo o quadro. Eu não estava entendendo o que Deus estava fazendo.

Estudem para entender realmente o que é a oração. Por isso, gostaria de incentivá-los a solicitar sua cópia gratuita deste guia. Basta ligar para o número na tela ou acessar revistaboanova.org.

Então, vamos recapitular os pontos sobre os quais falamos hoje. Falamos que você deve perseverar em oração. Temos que clamar de dia e de noite. Deus espera isso de nós. Esta vida em relação ao grandioso Deus não é fácil nem justa. E nunca será.

Você deve buscar a vontade de Deus e ter fé em Suas respostas. Buscar a vontade de Deus significa que você tem que buscar a Ele. Busque a Deus. Não busque apenas o que você quer. Ademais, você deve aceitar que Deus tem um grande quadro, uma quadro muito maior, mas que estamos vendo apenas para uma pequena parte dele. E temos que ficar tranquilos ao entender que esse Grande Pintor sabe exatamente o que está fazendo e nós não. Nos momentos difíceis em que parece que Deus não está ouvindo, não desista e lembre-se da vontade de Deus e do que Ele disse a Davi: "Busque o Meu Rosto".

Por favor, ligue para solicitar o guia de estudo bíblico oferecido no programa de hoje, “Ferramentas para o Crescimento Espiritual”. Ele irá ajudá-lo a entender como fazer orações significantes para Deus, a meditar de maneira eficaz, a usar ferramentas como o jejum e a comunhão em seu estudo da Bíblia, e a discernir claramente a vontade de Deus para você. Solicite-o agora. Ligue gratuitamente para 1-888-886-8632 ou escreva para o endereço mostrado na tela (se vive nos EUA - para outros países encomende do nosso site) . Nesse guia de estudo bíblico, você aprenderá o que as Escrituras revelam sobre como é possível crescer espiritualmente e como edificar um relacionamento pessoal com Seu Criador.

E quando solicitar esse guia de estudo bíblico gratuito, nós também lhe enviaremos uma assinatura anual gratuita de nossa revista A Boa Nova. A revista A Boa Nova oferece a compreensão do mundo de hoje e esperança no futuro. Seis vezes ao ano, você lerá sobre os atuais eventos mundiais à luz da profecia bíblica, bem como um conhecimento prático para melhorar seu casamento e sua família. Ligue agora para receber o seu guia de estudo bíblico gratuito “Ferramentas para Crescimento Espiritual” e a sua assinatura anual gratuita da revista A Boa Nova. Ligue ou acesse o site revistaboanova.org.

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Gary Petty

Gary Petty is a 1978 graduate of Ambassador College with a BS in mass communications. He worked for six years in radio in Pennsylvania and Texas. He was ordained a minister in 1984 and has served congregations in Longview and Houston Texas; Rockford, Illinois; Janesville and Beloit, Wisconsin; and San Antonio, Austin and Waco, Texas. He presently pastors United Church of God congregations in Nashville, Murfreesboro and Jackson, Tennessee.

Gary says he's "excited to be a part of preaching the good news of God's Kingdom over the airwaves," and "trusts the material presented will make a helpful difference in people's lives, bringing them closer to a relationship with their heavenly Father."

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A Parábola da Viúva Persistente
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Fé é demonstrada na oração que dizemos com uma voz sussurrante no momento mais difícil da nossa vida. Quando a nossa voz é mais fraca é quando nós ouvimos a de Deus — a voz mansa e delicada de esperança.

A sede de poder muda qualquer pessoa que se ponha acima de tudo e de todos, seja por opção ou por acaso. Cristo pintou um quadro desses em Sua parábola da viúva persistente.

"Havia numa cidade certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava homem algum", ela começa a narrar (Lucas 18:2). Os juízes têm poder significativo sobre as vidas das pessoas que aparecem diante deles no tribunal. A maioria dos juízes é linha dura. Eles impõem ordem e respeito. As pessoas quando entram no tribunal se dirigem a um juiz como "vossa excelência".

Tudo isso é coisa inebriante. Isso pode facilmente subir à cabeça dos juízes, e se não tiverem cuidado o julgamento da lei em seu tribunal pode ser afetado. Porque eles estão ali para fazer justiça e é fundamental que "temam a Deus" e "respeite os homens".

Cristo descreve um juiz que parece estar cansado de seu trabalho. Muitas pessoas com queixas e necessidades infinitas vinham até ele buscando deliberações, orientação e assistência.

Depois de algum tempo isso se torna apenas um trabalho em vez de um chamado ou dever. O sentido e propósito do cargo pode se perder. Um juiz tem um papel fundamental em uma comunidade, portanto, os juízes não podem se permitir ficar esgotados ou cansados.

A viúva

Na história de Cristo, dentro da cidade desse juiz vivia uma viúva que tinha um problema. Ela amava a Deus, mas o problema era mais do que ela poderia suportar. Isso lhe causou uma grande preocupação, mesmo ela sendo independente e capaz de cuidar de si mesma.

Alguém se aproveitou de sua condição e o resultado foi uma situação adversa que ela não conseguia resolver. Seu último recurso era ir à justiça perante esse juiz e pleitear seu caso.

Ela implorou por justiça, para que o juiz a ouvisse e visse que ela estava com a razão e interviesse por ela. Parece que ela foi várias vezes em busca do juiz para pedir sua ajuda, mas ele não quis ouvi-la.

Algum tempo se passou. E a súplica da viúva era constante e interminável. Ela precisava de ajuda. Ela precisava de uma solução. Será que o juiz ou alguém iria ajudá-la? Parecia impossível!

Uma rachadura na parede

Até mesmo o coração mais duro, que não se inclinaria voluntariamente ao sofrimento de alguém, pode se cansar de tanto ser incomodado. Então, já muito irritado, o juiz decidiu que não queria ver essa mulher diante dele novamente.

Ele concluiu que ouviria o seu caso duma maneira justa e deliberaria com a justiça necessária. Ele absolutamente não queria se cansar mais ou ser envergonhado por essa insistência. Talvez tenha se sentido um pouquinho culpado, mas que imediatamente deu lugar a um desejo de acabar logo com isso e resolver o caso dessa mulher.

E chegou o dia que o juiz emitiu sua decisão a favor da viúva. O caso foi encerrado e a mulher voltou para sua casa. Ela tinha aprendido uma lição valiosa sobre a justiça humana. Sobretudo, ela tinha aprendido a ficar firme em sua razão — não desistir — ser persistente. No final, o direito iria prevalecer.

A sabedoria de um juiz injusto

Cristo nos diz para "ouvir o que diz esse juiz injusto" (Lucas 18:6). Há uma lição na conclusão do juiz. Não é uma lição quanto ao tipo de juiz duro e arrogante que ele era, mas uma lição de como devemos aproximar nosso relacionamento com Deus.

Deus não é injusto ou indiferente. Jesus quer que aprendamos algo sobre como Ele e o Pai atuam em Seu "tribunal". Deus é o justo juiz de toda a Terra e Seu julgamento é sempre justo e imparcial, e Seu tempo é sempre apropriado.

Então, Jesus explica o Seu ponto de vista: "Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?" (versículo 7, ARA). Os eleitos são o povo de Deus, chamados e escolhidos, e membros fiéis do corpo de Cristo. Por um momento, Cristo se concentra neste grupo que ele chama de "Seu".

À parte de Sua prerrogativa de responder às orações de alguém, em qualquer tempo ou lugar, essa declaração tem uma mensagem para os que são chamados pelo Pai para fazer parte de Sua Igreja. Haverá momentos em que até mesmo os eleitos de Deus vão questionar se Ele está ouvindo suas orações e está entendendo que eles precisam de respostas urgentes. Eles fazem suas solicitações diariamente diante do trono de Deus, implorando por justiça, pela cura, pela paz de espírito ou pelo perdão e por um coração puro.

Quando o sono foge deles e eles acordam no meio da noite sem conseguir dormir, oram, buscando entendimento e conforto. Eles anseiam pelo toque suave da mão amorosa de Deus trazendo-os para um lugar espaçoso ou a um pasto verde, onde ainda é possível encontrar água limpa e transparente.

Deus ouve tudo. Cristo disse: "Embora pareça demorado em defendê-los" (versículo 7). Ele sabe instantaneamente do que precisamos, antes mesmo de aparecermos em Sua presença. Ele ouve cada palavra da nossa oração. Seu ouvido não está tapado.

Então Cristo diz algo que podemos achar um pouco difícil de acreditar: "Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?" (versículo 8).

Depressa? Poderíamos contestar isso. Poderíamos até pensar que Deus não ouve ou é muito devagar para responder. Mas estaríamos errados. Porque o verdadeiro propósito desta parábola está na pergunta: "Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?".

A fé é o que tinha a viúva persistente. Ela tinha fé que sua causa era justa e que estava com a razão. Ela tinha fé que a lei estava do seu lado e que a lei era boa e acabaria por servir aqueles que são vítimas de injustiça. Ela tinha fé até mesmo que poderia tocar no coração do velho juiz para que resolvesse a situação de uma viúva como ela, e que ao ser tocado em seu coração, ele seria induzido a agir como deveria.

Por meio deste exemplo de fé, Cristo está nos mostrando que devemos ser persistentes em nossa caminhada com Deus. Nunca desista. Não pare de acreditar. Nunca comece a pensar que Ele não está lá ou que está distraído ou que é indiferente.

Deus existe e Ele ouve. O que achamos que é uma "demora" não corresponde à opinião de Deus. O tempo com Deus não é o mesmo da gente. Lembre-se, Cristo disse que Deus "depressa lhes fará justiça". Deus está sempre no tempo exato — em Seu tempo.

"Fique Comigo"

O que Cristo está nos dizendo é "Fique Comigo". Volte ao início da parábola, onde Lucas dá uma razão para essa aula: "E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer" (versículo 1, grifo do autor).

A viúva não desanimou. Ela continuou indo ao juiz em busca de justiça. Temos que continuar indo a Deus em oração quando quisermos por cada necessidade que surgir. Não podemos desanimar e nem cair em desespero ou desistir.

Deus vai terminar o que começou em cada um dos Seus eleitos (ver Filipenses 1:6). Ele é justo e correto e vai responder às nossas orações (Mateus 7:7-11). Ele disse e assim fará. Cabe a nós continuarmos buscando-O em Seu trono de justiça e misericórdia, pedindo continuamente. Deus não se cansa de nos ouvir. Ele não está jogando com a gente para ver quanto tempo ou quantas vezes vamos continuar voltando a Ele.

Sua promessa é de nos ouvir e de nos cuidar. Ele está dizendo: Fique comigo quando você estiver saudável e feliz e todas suas necessidades sejam atendidas. Fique comigo, quando você tem um trabalho e sua conta bancária está cheia. Fique comigo quando o sol está brilhando e a vida é boa e a brisa está à sua volta. Fique comigo, quando você tem as respostas, quando tem amigos e os aplausos da multidão. Fique comigo quando você se sente confiante e sábio.

Fique comigo, diz Ele, quando a vida está boa, e, então, você vai aprender a Me temer sobre todas as coisas, e a riqueza e os bens vão servir a você e também aos outros.

E também diz: Fique comigo quando você estiver desnutrido e com fome e não sabe de onde virá a próxima refeição. Fique comigo, Ele diz, quando a sua saúde falhar ou um acidente acontecer e você sofrer como nunca antes. Fique comigo, Ele diz, quando tudo que você lutou para conseguir desaparecer diante de seus olhos e aqueles cuja amizade você tanto desejava não lembram mais de seu nome. Fique comigo, Deus diz, quando você estiver muito solitário e com medo e o pensamento de sair da cama a cada dia parecer uma luta quase impossível de se vencer.

Fique comigo, Ele diz, mais um dia, mais uma vez e em mais uma oração. Fique comigo, porque não há nenhum outro como Eu.

Isto é o que a história da viúva persistente nos ensina sobre a oração e a fé e sobre não desanimar. Podemos perder tudo nesta vida, mas nunca deixe seu coração se entregar ao desespero e à incredulidade. Guarde o seu coração. Seja persistente, como a viúva que insistia com o juiz, acreditando que a verdade e a justiça vão prevalecer no final.

Fique comigo, Deus diz, porque eu vou trazê-lo para o Meu Reino eterno. Eu vou terminar o que comecei em você. Seja paciente e nunca desanime! BN

Gary Petty is a 1978 graduate of Ambassador College with a BS in mass communications. He worked for six years in radio in Pennsylvania and Texas. He was ordained a minister in 1984 and has served congregations in Longview and Houston Texas; Rockford, Illinois; Janesville and Beloit, Wisconsin; and San Antonio, Austin and Waco, Texas. He presently pastors United Church of God congregations in Nashville, Murfreesboro and Jackson, Tennessee.

Gary says he's "excited to be a part of preaching the good news of God's Kingdom over the airwaves," and "trusts the material presented will make a helpful difference in people's lives, bringing them closer to a relationship with their heavenly Father."

O Privilégio e o Poder da Oração

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A Bíblia revela e aborda importantes ferramentas que podemos usar para crescer espiritualmente e construir a nossa relação com Deus Pai e Jesus Cristo. Em primeiro lugar, vamos examinar a essencial ferramenta da oração—a chave para a comunicação com o nosso Criador.

"E [Jesus] contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer" (Lucas 18:1).

Os pais querem ouvir seus filhos porque os ama. Deus quer ouvir seus filhos pela mesma razão, porque Ele nos ama.

O que significa orar? Significa estar conversando e arrazoando com nosso Criador. Todos podem e deveriam fazer isso. O que é mais inspirador é saber que Deus ouve, Ele está interessado em nossas orações e as responde! A oração é eficaz — ou seja, a oração de pessoas sinceras diante de Deus obtém resultados.

Deus nunca está dormindo ou ocupado demais para nos ouvir. Nunca há uma conexão ruim ou um mau momento. Você nunca vai receber um sinal de ocupado ou ser colocado em espera. Você tem minutos de acesso ilimitado — até horas. Então, você não tem desculpas!

O homem mais poderoso da história

Até mesmo Jesus Cristo, que era Deus na carne (João 1:1-5, 14), sabia a importância de orar ao Pai Celestial. A Bíblia nos dá inúmeros exemplos de Jesus orando fervorosamente ao Pai, não apenas louvando a Deus, mas pedindo ajuda. Sem dúvida, Jesus sabia que o Deus celestial era a melhor fonte de se obter sucesso em cada empreitada.

Imagine, se Jesus Cristo precisou de ajuda do Pai Celestial, o que dizer de nós! E ainda temos muitos outros exemplos. Todas as pessoas dedicadas a Deus, na Bíblia e na história, eram pessoas que oravam.

Os discípulos de Jesus logo perceberam qual era a fonte do poder de Seu Mestre. Eles disseram: "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11:1). Você gostaria de aprender os ensinamentos de Cristo sobre a oração? Provavelmente, você os tem em sua casa. Pois, eles estão espalhados por toda a Bíblia.

Qualquer um pode começar a orar antes mesmo de aprender alguma coisa sobre a oração. Deus ouve e aprecia as orações mais simples. Jesus deixou isso claro: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á" (Mateus 7:7).

Mas Deus quer que cresçamos em compreensão e aplicação da oração. Assim como aprender um novo hobby, esporte ou atividade, a satisfação e recompensa aumentam com a habilidade e o conhecimento agregado. Por isso, é de inestimável valor ler e entender os ensinamentos bíblicos a respeito da oração.

Podemos adquirir muito entendimento e inspiração através dos diversos exemplos maravilhosos de orações no livro de Salmos e em toda a Bíblia. A prática diária leva naturalmente à proficiência e ao prazer de orar. Muitas pessoas têm experimentado e aprovado isso.

Falar com Deus com a confiança de um filho com o seu Pai

Quando Seus discípulos disseram: "Ensina-nos a orar", Jesus começou a lição dando-lhes um breve resumo das coisas mais importantes e básicas da oração diária. Popularmente chamada de "Pai Nosso", a instrução de Jesus se encontra em Lucas 11:2-4 e Mateus 6:9-13. (Para entender melhor, consulte "O Exemplo do Pai Nosso" na página 8).

Veja que Jesus sugeriu que a forma mais frequente de se dirigir a Deus é como "Pai nosso, que estás nos céus". Podemos e devemos nos relacionar com Deus, usando os nomes e títulos dEle revelados nas Escrituras. Mas o mais importante nesse relacionamento é entender que Ele é nosso Pai — um Pai todo-amoroso e perfeito.

Todos os seres humanos podem e devem pensar em Deus como seu Pai, já que Ele é seu Criador. E à medida que sua relação com Deus torna-se mais próxima, essa relação de pai para filho começa a alcançar níveis mais profundos e mais íntimos.

Então, como devemos falar com Deus? Ele quer que nos aproximemos dEle como a um pai amado. Devemos nos sentir confiantes, seguros, compreendidos, estimados e amados ao chegar diante dEle. Quando falamos com nossos pais físicos não dizemos coisas repetitivas ou citamos um texto, não usamos um tom meloso, artificial ou monótono. E não precisamos usar linguagem arcaica por achar que soa mais religioso. Pois, isso também não é necessário para Deus.

Nosso Pai Celestial valoriza as orações oferecidas com honestidade e sinceridade, mesmo que sejam queixas respeitosas. Certamente, as orações no livro de Salmos retratam uma honestidade franca.

Quando as pessoas oram dizendo palavras agradáveis, mas pensam e fazem ao contrário, provavelmente, acham que Deus não pode ler as mentes. Quando usamos a nossa língua, com a qual "bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens", a nossa oração é vista como hipócrita (Tiago 3:9-12, 17; ver também Mateus 7:21-23).

Imaginar como Deus é torna-se relativamente fácil para alguém que teve um pai terreno amoroso e atencioso. Sem dúvida, é muito mais difícil, especialmente no início, para alguém cuja experiência com os pais tenha sido de pouco diálogo, ausência ou de violência.

Essa pessoa precisa se esforçar muito para aprender como é um pai ideal e como fixar essa imagem em sua mente. Algumas descrições inspiradoras e animadoras de Deus como nosso Pai Celestial, são encontradas em Mateus 7:9-11; João 3:16-17; Tiago 1:5; 17; 1 João 4:8-19; Salmo 103 e Lucas 15:11-32 (o pai na parábola do filho pródigo).

A vida é feita de relacionamentos

De todas as criaturas de Deus, o ser humano tem o privilégio único e impressionante de ter sido criado à Sua imagem (Gênesis 1:26-27). E seu maior benefício é ter a capacidade de ter um relacionamento pessoal com Deus.

Em toda a Sua Palavra, Deus sublinha repetidamente a importância dos relacionamentos justos. De fato, Jesus disse que os dois maiores mandamentos são amar a Deus e amar o nosso próximo (Mateus 22:35-40).

A partir de nossa criação, Deus tem feito muitas coisas para ter um relacionamento conosco. Cabe a nós responder-Lhe e tomar a iniciativa de nutrir essa relação com uma boa comunicação. "Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós", assim nos diz Tiago 4:8. Nossas orações nos mantêm conectados com Deus. (Nos capítulos posteriores deste guia de estudo cobriremos o estudo da Bíblia, a meditação e o jejum e também como isso nos ajuda a nos aproximar e permanecer perto de Deus).

Jesus disse aos Seus discípulos: "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer" (João 15:15). Aqui Jesus explicou um fator crucial para a verdadeira amizade — a comunicação aberta e sincera. Um verdadeiro amigo é alguém com quem você fala abertamente e regularmente.

Deus é um grande comunicador. Ele registra na Bíblia Sua revelação de tudo que é preciso saber sobre Seu plano para nossas vidas. Sua Palavra nos dá Sua visão de mundo, o quadro de uma verdadeira perspectiva sobre a vida — passada, presente e futura. Além disso, Ele se comunica conosco e nos guia de outras maneiras — por Seu Espírito Santo, através da sua Igreja, através de pessoas e por meio de circunstâncias e provas que Ele determina.

Mas um bom relacionamento depende de duas vias de comunicaçãoum diálogo. A oração e o estudo da Bíblia andam de mãos dadas, juntamente com a seriedade no pensamento e na introspecção sobre como aplicar os ensinamentos de Deus em nossas vidas. Cada um de nós deveria se perguntar: Eu sou um bom amigo para Deus? Será que sou um bom filho ou filha para meu Pai? Converse com Ele diariamente!

Sem a oração, a vida é precária

Os seres humanos são físicos, frágeis e muito vulneráveis a inúmeros perigos — físicos, mentais e espirituais. O maior perigo é o nosso maior inimigo, Satanás, o diabo, que "anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1 Pedro 5:8).

Efésios 6:10-20 explica que precisamos de uma armadura espiritual "para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo" e a oração é uma parte importante dessa armadura (versículos 18-19). Por que enfrentar as batalhas da vida sem armadura? Se não oramos, então nos tornamos presas fáceis para esse implacável predador.

Seria uma grande tolice tentar "enfrentar sozinho" esse mundo maligno e perigoso — deixando de confiar em Deus. Alguns sofrimentos são castigos de Deus, sobretudo quando as pessoas pecam, conscientemente, contra Ele. Mas a maior parte dos sofrimentos advém automaticamente por causa de nossas próprias ações, das ações de outros ou do tempo e acaso.

No entanto, Deus intervém para proteger da maioria dos infortúnios àqueles que contam com Ele. Às vezes, Deus permite que Seus seguidores passem por provações pessoais para aprenderem certas lições, mas Ele os protege da maioria dos perigos. Para aqueles que procuram fazer a vontade de Deus e pedem Sua ajuda, Ele os guiará, auxiliará e protegerá continuamente. Se não abandonarmos a Deus, então Ele também nunca vai nos deixar ou abandonar (Hebreus 13:5). Esta é uma grande promessa! E ela nos traz uma paz de espírito!

Evidentemente, nós temos que fazer a nossa parte e nos esforçar para permanecermos fiéis a Deus. (Ver "Deus Estabelece Condições Para Responder Nossas Orações", na página 11).

Em nome de Jesus Cristo

Algumas pessoas ainda não aprenderam que Jesus Cristo é a única "porta" e o único "caminho" para Deus (João 10:9; 14:6). Mesmo assim, será que Deus vai responder as orações delas? Ele é imensamente misericordioso, por isso é provável que sim. Se a prática religiosa de uma pessoa esteja aquém do verdadeiro cristianismo bíblico, Deus pode, por algum tempo, até responder algumas de suas orações, apesar de sua ignorância religiosa e não por causa dela. Mas isso não vai durar muito tempo, se a pessoa não fizer nenhum esforço para aprender e praticar o que ensina a Bíblia.

A única promessa de resposta regular à oração é direcionada aos verdadeiros seguidores de Deus Pai, através de Seu Filho Jesus Cristo. Jesus é Aquele que, embora divino, tornou-se um ser humano, viveu uma vida perfeita, sofreu e morreu para pagar a pena do pecado por toda a humanidade. Ele é o Salvador do mundo. Ao falar de Jesus, o apóstolo Pedro disse: "Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12, NVI)

Jesus disse: "Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar" (João 16:23-24; ver também João 14:13-14). Como seres humanos, nós não temos o direito, a autorização ou privilégio de nos aproximar do trono de Deus com as nossas orações por causa da nossa própria bondade. Mas através da fé e do nosso compromisso com Jesus Cristo, Ele nos autoriza a invocar a Deus em Seu nome, agindo com a Sua autorização. Assim, com a sua aprovação, temos acesso a Deus quando oramos "em nome de Jesus”.

Jesus, servindo como nosso Sumo Sacerdote, intercede e media em nosso nome diante do Pai (Romanos 8:34; 1 João 2:1-2). Isso nos garante o acesso, através dEle, à plenitude da misericórdia e do perdão de Deus (Hebreus 2:17; 4: 14-16; 10:19-22). Então Deus Pai decide de que forma responder à oração, pois Jesus Cristo realiza a vontade do Pai.

Outros pontos sobre como e quando orar

Certamente, Deus "ouve" as orações silenciosas e qualquer pessoa próxima de Deus pode proferir tais orações, muitas vezes, ao longo de cada dia. A Bíblia nos diz: "Orai sem cessar" (1 Tessalonicenses 5:17). Mas Deus também tem o prazer de ouvir nossas orações audíveis. Inúmeras vezes as Escrituras mencionam pessoas orando por meio da voz, boca, lábios e língua, não apenas silenciosamente. Frequentemente, a Bíblia também usa expressões como rogo, pranto, clamor em alta voz, apelo, etc.

Algumas referências bíblicas mostram a frequência da oração como sendo de duas vezes por dia (Salmo 88:1) ou três vezes por dia (Salmos 55:17; Daniel 6:10), provavelmente aludem a orações audíveis e não o número total de orações.

Quanto às posições para se orar, a Bíblia menciona algumas — de joelhos, em pé, sentada, deitada. Às vezes, as circunstâncias, inclusive problemas de saúde, podem ser limitadoras das posições que escolhemos. Podemos falar com Deus durante uma caminhada ou dirigindo um carro. O mais importante é sempre fazer o melhor para expressar humildade e profunda reverência.

A Bíblia inclui exemplos de oração pública e oração em grupo, mas a maioria de nossas orações pessoais deve ser uma comunicação privada com Deus (Mateus 6:5-6). No entanto, a oração em família também é de vital importância. É importante ensinar as crianças ainda muito jovens a orar. Jesus disse: "Deixem vir a Mim as crianças" (Mateus 19:14, NVI). Deus está muito interessado e responsivo às suas orações.

Anda muito ocupado? Esta é a realidade para a maioria de nós. Está faltando tempo para orar? Pondere que todos nós arrumamos tempo para as coisas que consideramos muito importantes. E vamos conseguir mais do que pensamos em longo prazo, quando colocamos Deus em primeiro lugar. Por isso, não podemos nos dar ao luxo de não orar. A oração deve ser uma prioridade e um hábito diário.

Em suas orações, além de suas necessidades e desejos, não deixe de reservar um tempo para agradecer a Deus pelas bênçãos que Ele tem derramado em sua vida. E também reserve um tempo para orar pelos outros.

Se você está vindo diante de Deus com um problema, abra o seu coração para Ele acerca do assunto sem ditar quais poderiam ser as soluções dEle. O Pai sabe qual a melhor saída. Deus sempre responde da maneira que acha que seja espiritualmente melhor para nós. E isso, às vezes, significa um "não" ou "agora não", ou uma resposta parcial à nossa oração ou algo diferente do que esperávamos ou queríamos.

Deus nos ouve

"Que é o homem mortal para que Te lembres dele?", perguntou Davi no Salmo 8:4. É algo extraordinariamente maravilhoso saber que Deus cuida de Seus pequenos seres — que Ele escuta cada uma de nossas orações e presta atenção em nós. E isso é verdade — Ele faz isso.

Não deixemos que a maravilhosa ferramenta espiritual da oração seja relegada ao esquecimento por não a utilizarmos. Vamos andar com Deus — obedecê-Lo e falar com Ele — em oração.

A Bíblia compara essa vida a uma peregrinação, pois vivemos em tendas longe de casa. Nosso objetivo é entrar no Reino de Deus — para "habitar na casa do Senhor para sempre" (Salmos 23:6). Nele é onde Deus quer que habitemos, pois é nosso destino, depois de Cristo voltar à Terra e ali vamos morar com Ele para sempre.

Nesse meio tempo, podemos ficar em contato — diário e constantemente com nosso Pai e nosso irmão mais velho, Jesus Cristo. Deus sempre escuta. Oremos.

Gary Petty is a 1978 graduate of Ambassador College with a BS in mass communications. He worked for six years in radio in Pennsylvania and Texas. He was ordained a minister in 1984 and has served congregations in Longview and Houston Texas; Rockford, Illinois; Janesville and Beloit, Wisconsin; and San Antonio, Austin and Waco, Texas. He presently pastors United Church of God congregations in Nashville, Murfreesboro and Jackson, Tennessee.

Gary says he's "excited to be a part of preaching the good news of God's Kingdom over the airwaves," and "trusts the material presented will make a helpful difference in people's lives, bringing them closer to a relationship with their heavenly Father."

 
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