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Lidando com a Pandemia: Legendas em Português

Como podemos lidar melhor com esse período de provação e estresse? E onde podemos buscar um entendimento adequado sobre a recente pandemia?

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Lidando Com a Pandemia

A pandemia da Covid-19 continua paralisando o mundo. Enquanto informo isso, já se passaram várias semanas de distanciamento social. Então, vamos colocar essa pandemia em um contexto bíblico. Acredito que isso o ajudará a lidar com o que está acontecendo e a estar mais bem preparado quando, não se, algo dessa magnitude acontecer novamente. Primeiramente, vamos dar uma olhada em duas crises que tivemos num passado recente.

Sabemos que um avião colidiu com o World Trade Center. Não sabemos nada mais do que isso. Também não sabemos se era um avião comercial.

Esse dia sombrio mudou os Estados Unidos para sempre e resultou em uma longa guerra no Oriente Médio, que continua até hoje. Houve um pedido de oração nacional e, por certo tempo, as pessoas se voltaram para Deus em busca de respostas. Contudo, essa crise de 11 de setembro não mudou o coração do povo norte-americano. Os grandes pecados desta nação, o aborto e a decadência moral generalizada, continuam acontecendo. Embora a presença nas igrejas tenha aumentado brevemente, ela logo voltou aos níveis de antes de 11 de setembro. A segunda crise observada foi a do colapso financeiro de setembro de 2008.

[George W. Bush] O mercado não está funcionando corretamente. Houve uma perda generalizada de confiança, e grandes setores do sistema financeiro dos Estados Unidos estão correndo o risco de colapsar.

As principais empresas financeiras de Wall Street desapareceram da noite para o dia. Os bancos e os mercados desmoronaram sob o peso de empréstimos podres. Aquela foi uma época difícil, mas os Estados Unidos e o mundo se recuperaram daquela crise financeira. E seguia assim até hoje. A economia dos Estados Unidos estava indo muitíssimo bem. A bolsa de valores estava no nível mais alto de sua história e o país estava registrando os menores índices de desemprego de todos os tempos. Então, veio essa pandemia do Covid-19. Eu vejo esses eventos como ensaios para o que a Bíblia diz que serão os maiores e mais impactantes eventos que surgirão no fim desta era. Estamos numa época em que podemos aprender lições importantíssimas para não sermos pegos desprevenidos quando ocorrerem esses enormes eventos profetizados. Vejamos tudo isso em um contexto bíblico.

Jesus Cristo foi o maior de todos os profetas. E esse aspecto de Sua missão como profeta é negligenciado e incompreendido por aqueles que afirmam falar em Seu nome. Porém, nunca foi tão importante como hoje entendermos o que Jesus ensinou sobre a nossa atual era. Seus discípulos vieram até Ele, em particular, e disseram: “Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir" (Marcos 13:4). A resposta de Cristo começou com advertências sobre enganos espirituais, guerras, terremotos e problemas como fomes e pestes. Você encontra tudo isso em Marcos 13, a partir do versículo 8. Agora, todos esses problemas, como guerras e pestes, sempre fizeram parte da experiência humana e continuam fazendo até hoje.

Em Marcos 13: 8, Cristo continuou dizendo: "Isso será o princípio de dores". A Bíblia se refere a esse princípio de problemas como dores do parto, que são sinais de que uma nova era está prestes a nascer. Veja bem, qualquer discípulo de Jesus Cristo pode ler essas palavras e aplicá-las à sua época, independente de ser o século primeiro ou o século vinte e um. E Cristo prosseguiu dizendo: “Mas olhai por vós mesmos”. E a seguir Ele fala de perseguições e testemunhos, aconselhando a ser perseverante e prometendo que estará com Seus discípulos por meio do poder do Espírito Santo. O ensinamento dEle para nós é o seguinte: “Fiquem atentos. Lembrem-se que Eu já lhes havia avisado sobre todas essas coisas. Portanto, vigiem e orem”.

O termo vigiar tem um significado muito amplo, que advém das profecias de Ezequiel em que lhe foi dito que ele deveria ser como uma sentinela nas muralhas da cidade que alertava as pessoas sobre a aproximação de qualquer perigo.

Então, a mensagem de advertência era para que o povo se preparasse para um período de cerco que poderia levar à fome e à pestilência. Todos deveriam tomar precauções para enfrentar essas dificuldades e pudessem aguentar, resistir e prevalecer. Cristo usa esse termo "vigiar" para nos ensinar a estar conscientes e alertas sobre isso. E para que possamos discernir os tempos e entender onde nos encontramos no cumprimento do propósito de Deus para este mundo. Um discípulo deve se esforçar para entender os sinais do engano espiritual e advertir sobre calamidades e também viver uma vida sóbria, santa e piedosa.

Quando sabemos que um tempo de dificuldades está se aproximando, junto com o julgamento final do mundo, então precisamos viver de uma maneira cada vez mais diferente. Sabemos que Deus existe e que Sua palavra é uma guia confiável na vida, por isso devemos tomar medidas para viver de acordo com a verdade de Deus e orar de uma forma a criar um relacionamento e uma amorosa conexão espiritual com Ele. O amor é essência da fé que nos possibilita lidar com nossa saúde emocional durante um período de estresse. Muitos de nós enfrentamos incertezas quanto a nossos empregos e saúde, e nos preocupamos com tudo o que está acontecendo em nosso país e no mundo. Quando vemos nações e cidades isoladas e em quarentena, percebemos que estamos vendo algo que nunca aconteceu antes. E isso é angustiante e assustador e pode fazer com que fiquemos emocionalmente arrasados. E eu percebo isso até em algumas pessoas mais fortes que conheço. A preocupação e o medo estão à porta.

Por meio da Bíblia, Jesus nos dá uma base para entender o que significa essa crise global. Ao conversar com Ele, orando ajoelhado, Cristo e o Pai lhe darão o conforto e o entendimento baseados na verdade espiritual. Essa é a chave para o tempo que estamos passando. Deus está alertando ao mundo, pois um momento de crise que pode trazer clareza à vida deste ano de 2020. E parte desse alerta seria para que leiamos a Bíblia. Durante esse tempo, você pode servir a si mesmo e a sua família ao ler a Palavra de Deus. Nela você encontrará conforto e encorajamento para este tempo.

Então, quão repentino significa repentinamente? Bem, em menos de duas semanas, o mundo passou de uma sensação de normalidade para uma reação urgente ao vírus Covid-19, e a vida de centenas de milhões de pessoas mudou quase da noite para o dia. Isso foi repentino, pois não tivemos tempo de nos preparar. Em Marcos 13:33, Cristo disse para prestar atenção, vigiar e orar porque não sabemos quando vai ser a hora. “É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um, a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse". Cristo é o senhor dessa casa, e nós somos os servos, cada um tem autoridades e trabalhos designados.

“Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã”. A profecia pode ajudá-lo a entender muito coisa sobre Deus e Seu plano, mas ela deve servir para motivá-lo a mudar de vida por ter uma firme esperança de que a mão de Deus está no comando dos assuntos da humanidade. Veja o que o apóstolo Pedro disse sobre qual deve ser o efeito da profecia sobre nós. Ele disse: "Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa" (2 Pedro 3:11, Nova Versão Internacional).

Pedro está dizendo, e compreendendo, que a profecia deve nos levar a viver uma vida santa e piedosa, porque sabemos que um julgamento está chegando e devemos nos preparar para enfrentar o próximo tempo de provação com fé e coragem. Agora é a hora de buscar a Deus e preparar sua vida para a era futura.

Este foi um “Beyond Today Extra”. Assistam também aos próximos programas.

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Como Superar Os Tempos de Crise

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Deus está dando ao mundo um tempo para despertar e se arrepender. Será que você vai buscar a Deus enquanto Ele pode ser encontrado? Está na hora de entender como o mundo pode mudar bruscamente e se preparar para enfrentar os próximos desafios.

Estou escrevendo este artigo no aniversário da minha esposa, durante a pandemia de Covid-19. O bosque ao lado da minha casa está começando a ganhar vida. Os delicados filamentos verdes anunciam a chegada da primavera no hemisfério norte. Observando os pássaros trabalhando enquanto colhem material para seus ninhos, você nem imaginaria que o mundo está lutando contra a mais catastrófica pandemia em mais de um século.

E aqui estamos lidando com o forte impacto de um evento que ninguém estava esperando quando viramos a página para 2020. Em meados de abril, mais de dois milhões de pessoas contraíram o vírus e mais de cento e vinte mil morreram dessa praga mundial. Economias inteiras foram viradas de cabeça para baixo. Os pactos sociais entre governo e cidadãos sofrerão mudanças permanentes e poderemos sentir as consequências disso por muitos anos.

No auge dessa crise, nossa equipe da revista A Boa Nova tomamos a decisão de mudar os artigos que já estavam prontos para ser publicados e nos concentrar em temas sobre essa pandemia. Acreditamos que colocar esse evento em um contexto bíblico o ajudará a lidar com o que está acontecendo e a estar mais bem preparado quando (digo "quando" e não "se") algo dessa magnitude voltar a acontecer.

O que vamos aprender com isso?

Jesus Cristo se referiu a um aumento de "pestes" ou doenças epidêmicas, juntamente com outros desastres dos eventos que levariam ao Seu retorno (Lucas 21:11). Muitas pessoas têm se perguntado se chegamos aos estágios finais de tudo isso. Apocalipse 6 descreve os infames "quatro cavaleiros do Apocalipse" que, paralelamente à profecia de Jesus, representam engano espiritual, guerra, fome e pestes de doenças e desastres. Será que já chegamos a esse ponto?

Certamente essas condições sempre fizeram parte da história da humanidade, mas um aumento acentuado ocorrerá no tempo do fim. Vimos isso aumentando desde as guerras mundiais do século passado, mas a última ampliação ainda está por vir. Apocalipse 6:8 indica que essas catástrofes do fim dos tempos matarão um quarto da população da Terra. E como a atual população mundial está se aproximando de oito bilhões, evidentemente, ainda não chegamos a essa escala. (Para saber mais, consulte “As Epidemias na Profecia Bíblica”).

A profecia bíblica diz claramente que outros importantes eventos proféticos devem ocorrer antes de chegarmos a esse ponto. Portanto, embora a pandemia mundial da Covid-19 se encaixe na advertência de Jesus sobre o aumento de epidemias que causam medo generalizado e outros problemas, essa é apenas mais uma amostra de coisas muito piores no futuro. Ainda temos muito caminho a percorrer antes dos derradeiros e devastadores eventos que precederão o retorno de Cristo.

Nós vamos sair deste período de pandemia. E você acabará retornando ao trabalho, à escola e às rotinas familiares, embora talvez sob um "novo normal", como alguns têm especulado. Sem dúvida, os tratamentos para esse vírus ajudarão as pessoas a se recuperar. Provavelmente, será desenvolvida uma vacina para combater essa nova cepa de vírus. Mas devemos esperar cada vez mais dificuldades. Ademais, isso não significará o fim dos vírus perigosos.

Contudo, estas são perguntas importantes a se fazer: O que você aprendeu com essa experiência? O que você ainda aprenderá? Como você vai lidar com a próxima crise?

Certamente, haverá uma próxima crise, e outras mais depois dessa. Por isso é vital que você entenda essas crises em um contexto bíblico. Agora é a hora de desenvolver uma cosmovisão bíblica para entender o que aconteceu e o que a Bíblia diz que acontecerá nos próximos anos.

Assim que essa pandemia recuar, as questões sobre comércio, nacionalismo e globalismo voltarão a ser o centro das preocupações. As relações internacionais serão impactadas por essa crise. Podemos muito bem começar a nos referir ao mundo dos últimos anos com o termo "a.C." — antes da Covid-19. Depois de tudo isso, o mundo será muito diferente.

Novamente, perguntamos: O que você está aprendendo com tudo isso e qual será sua reação quando chegar a próxima crise?

Os dois “ensaios gerais” das crises anteriores

Para ter uma perspectiva mais ampla, vamos voltar um pouco no tempo para analisar as últimas duas décadas. Os Estados Unidos e o mundo passaram por duas épocas de crises expressivas nesse período.

O primeiro foi o ataque aos Estados Unidos, perpetrado por terroristas islâmicos, no dia 11 de setembro de 2001. Em Nova Iorque, o World Trade Center foi derrubado por dois aviões sequestrados. Um terceiro avião foi arremessado contra o Pentágono em Washington. Um quarto avião sequestrado, que se pensava estar indo para o edifício do Capitólio dos Estados Unidos ou para a Casa Branca, caiu em um campo da Pensilvânia quando os passageiros invadiram sua cabine. Esse dia fatídico levou a mudanças nos protocolos de segurança dos Estados Unidos e resultou em uma guerra que mudou as regras do jogo no Oriente Médio, e que continua mudando muitos anos depois disso.

A princípio, os Estados Unidos tiveram um momento de unidade nacional e uma breve pausa na divisão política. Lembro-me de membros do Congresso reunidos nos degraus do Capitólio cantando “God Bless America” (Deus Abençoe os Estados Unidos). Houve um pedido de oração nacional e um tempo para acudir a Deus em busca de respostas. O presidente George W. Bush conclamou a nação a servir com mais afinco, enquanto organizava um contra-ataque ao terrorismo global. Embora tenha ocorrido uma onda de patriotismo, essa unidade política logo desapareceu e todos seguiram normalmente com suas vidas.

A guerra que chegou aos Estados Unidos não mudou o coração de seu povo. Os terríveis pecados nacionais como o aborto, a pornografia, a dependência de drogas e a decadência moral continuaram acontecendo. Embora o comparecimento às igrejas tenha aumentado por um curto período, isso logo retornou aos níveis anteriores a 11 de setembro.

A vida espiritual dos Estados Unidos continua declinando e tendo pouco ou quase nenhum impacto na política e no comportamento social das pessoas. A podridão moral e a decadência espiritual estão muito arraigadas nessa sociedade. Nenhuma reforma, por mais bem-intencionada que seja, conseguiu fazer com que os Estados Unidos se rendessem a Deus através de um grande arrependimento nacional.

Em segundo lugar, houve a crise financeira de setembro de 2008, em que todo o sistema financeiro dos Estados Unidos chegou à beira do colapso. Embora esse evento tenha começado principalmente nos Estados Unidos como resultado de um arriscado jogo financeiro envolvendo empréstimos hipotecários de alto risco, isso se espalhou e se converteu em uma crise econômica mundial.

Nos Estados Unidos, grandes empresas de Wall Street, como o banco Lehman Brothers, desapareceram da noite para o dia. Os bancos e as bolsas de valores oscilaram sob o peso de empréstimos podres. A confiança na economia mundial estava à beira do colapso. Corriam histórias de reuniões de crise em Washington, conversas acaloradas realizadas entre funcionários em busca de soluções para problemas que nenhum deles estava preparado para resolver.

Alguns analistas dizem que os Estados Unidos quase tomaram a decisão de suspender todas as transações financeiras e impedir saques nos caixas eletrônicos. Havia até preocupação de uma pane nas máquinas de cartão de crédito de supermercados e postos de gasolina.

Imagine o pânico que isso gerou! A estrutura social teria começado a se desfazer. Felizmente isso não aconteceu. Mas as ações desabaram. E grandes empresas, como a General Motors, precisaram de ajuda do governo para continuar funcionando. Aquele foi um tempo difícil, que ocorreu apenas algumas semanas antes da eleição presidencial. A crise financeira impactou significativamente as eleições de novembro, que colocaram o presidente Barack Obama no cargo. Os Estados Unidos e o mundo se recuperaram dessa crise financeira. As bolsas de valores de todo o mundo voltaram funcionar normalmente.

E, voltando para os dias atuais, doze anos depois. Os Estados Unidos estavam indo bem com a bolsa de valores em seu mais alto nível de todos os tempos e o menor índice de desemprego já registrado na história. Então, veio a pandemia da Covid-19. E, da noite para o dia, estávamos lidando com um evento que a maioria das pessoas nunca tinha passado em suas vidas.

Como devemos enfrentar essas situações que mudam o mundo? Eu considero isso como ensaios gerais do que a Bíblia diz que serão os maiores e mais impactantes eventos do fim desta era. Cada uma dessas crises continha elementos que acompanham a cavalgada dos quatro cavaleiros do Apocalipse, ainda que o que temos visto seja relativamente insignificante em comparação ao que está por vir. Estamos em um tempo em que podemos aprender lições vitais para não sermos pegos de surpresa quando ocorrerem esses incomensuráveis eventos profetizados.

A profecia de Cristo sobre o fim dos tempos

Vamos olhar mais de perto o que Jesus Cristo disse que precisaríamos aprender nesse tempo crucial da história da humanidade.

Jesus foi o maior de todos os profetas. Lamentavelmente, essa dimensão de Sua missão é negligenciada e incompreendida por aqueles que afirmam falar em Seu nome. Nunca foi tão importante como hoje que você entenda o que Ele ensinou sobre a atual era da humanidade.

Quando estava com Seus discípulos no Monte das Oliveiras, alguns lhe perguntaram em particular: “Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir?” A resposta de Jesus começou com avisos sobre enganos religiosos, guerras, terremotos e problemas mundiais, que incluíam fomes e pestes (Marcos 13:3-8).

Como mencionado antes, todos esses problemas estão conosco há séculos. E permanecem conosco até hoje. O versículo 8 termina com Jesus dizendo: “Isso será o princípio de dores” (grifo nosso). Talvez sua Bíblia tenha uma referência marginal ou tradução diferente sobre o termo “dores”, observando que se referem a "dores de parto". E, de fato, são, pois isso vai aumentar em frequência e intensidade, sinalizando que uma nova era está prestes a nascer.

A seguir, Jesus diz: “Mas olhai por vós mesmos...” (versículo 9). Então, Ele descreve que haverá perseguições e traições contra Seus seguidores. E por isso, Ele os encoraja a perseverar e promete que estará com eles e que não os deixará sozinhos (versículos 9-13).

Os próximos versículos trazem mais detalhes dos eventos que cercam a vinda de Cristo. Um elemento-chave está no versículo 14, que fala de um evento específico que ainda vai acontecer: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (ARA).

Essa profecia teria mais de um cumprimento. Cristo estava se referindo a um evento que ocorreu pela primeira vez cerca de duzentos anos antes, quando um ídolo pagão foi erigido no templo de Jerusalém e carne de porco foi oferecida como sacrifício no altar. E como Seus discípulos sabiam da história de sua nação, eles entenderam precisamente sobre o que Ele falava.

Mas Jesus disse que um evento semelhante aconteceria novamente. E aconteceu quando os romanos destruíram Jerusalém no ano 70 d.C. Mas esse não era o fim dos tempos predito por Jesus. Mas isso foi apenas um precursor e seu principal cumprimento ainda iria acontecer. E não vemos isso acontecendo na atual configuração política em Jerusalém. Porém, essas condições devem mudar. Concluímos, então, que, como Jesus disse no versículo 7, "ainda não é o fim".

Mas precisamos observar e entender nossos tempos (versículos 33, 35, 37). Ao lermos as declarações de Jesus sobre engano espiritual, guerras e outros problemas, nós vemos que Ele enfatiza nossa necessidade de entender esses eventos em seu contexto histórico e profético.

Quando analisamos retrospectivamente os quase dois mil anos desde que essa profecia foi proferida, podemos ver facilmente como esses eventos ocorreram em ondas ao longo dos séculos. Houve um tempo em que poderosas combinações de poder da igreja e do Estado mataram pessoas de fé que contrariaram os éditos da Igreja Católica Romana. As guerras religiosas entre protestantes e católicos, muçulmanos e cristãos, e até muçulmanos contra muçulmanos, ceifaram a vida de milhões de pessoas.

A guerra moderna, os governos cruéis e outros problemas também têm sido um flagelo na Terra e tiraram a vida de mais de cem milhões. Jesus disse: “Não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias [através de uma intervenção], e ninguém se salvaria” (versículo 20). A possibilidade da extinção da raça humana somente poderia acontecer em nossos dias com a invenção de armas nucleares, químicas e biológicas. O ensinamento enfático de Cristo para nós é o seguinte: “Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente” (versículo 23, NVI).

Vigiar e orar

E no versículo 33, Jesus novamente nos diz o que devemos fazer agora ao refletir nas grandes lições dessa pandemia da Covid-19. Ele nos adverte: “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo". Hoje não sabemos quando Cristo voltará, mas devemos "vigiar e orar". O que isso significa exatamente?

Em um sentido bíblico, o termo “vigiar” têm um significado amplo derivado das profecias de Ezequiel, o profeta que foi dito que seria como uma sentinela nas muralhas da cidade para avisar as pessoas sobre algum perigo que se aproximasse (Ezequiel 33:1-7). O objetivo de sua mensagem de advertência era para que as pessoas se prepararem para um tempo de perigo e cerco, e tudo o mais que diz respeito a isso, inclusive fome e pestes. Eles deveriam tomar precauções para enfrentar as provações para que pudessem resistir e prevalecer.

Cristo usa o termo "vigiar" para nos dizer que devemos estar conscientes e atentos para discernir as condições do mundo ao nosso redor e para entender onde estamos no desenrolar do plano profético de Deus para este mundo. Mas, além disso, também precisamos estar atentos a nossa própria situação espiritual.

Um discípulo deseja entender os sinais que anunciam o fim dos tempos para que isso o motive a viver uma vida sóbria, santa e piedosa. Quando a pessoa sabe que um tempo de angústia e julgamento final está chegando ao mundo, ela procura viver de uma maneira diferente. Ao saber que Deus é real e Sua Palavra é um guia seguro para a vida, a pessoa toma medidas para viver de acordo com Sua verdade. E é isso que um verdadeiro discípulo deve fazer.

Um verdadeiro discípulo também vai orar a Deus de uma forma que lhe possibilite desenvolver um relacionamento e uma conexão espiritual de amor com Ele. Confiar no amor de Deus é o principal modo de fé que nos permite lidar com nossa saúde emocional durante um período de estresse como o dessa atual pandemia. Muitos de nós estamos enfrentando incertezas quanto ao emprego, à saúde e ao cenário geral do que está acontecendo com nosso país e com o mundo. Quando vemos nações e cidades isoladas pela quarentena, sabemos que estamos diante de algo que nunca experimentamos. Tudo isso é irritante e assustador e pode fazer com que alguns sejam emocionalmente afetados. E tenho percebido isso até nas pessoas mais fortes que conheço. A preocupação e o medo estão à porta.

Contudo, através da Bíblia, Deus Pai e Jesus Cristo nos dão a base para entender o que significa essa crise mundial. Ao falar com Deus, orando ajoelhados, podemos ser confortados pelo Pai e por Cristo e receber o entendimento enraizado na divina verdade espiritual. Essa é a chave para superar este tempo.

Nesse tempo de crise, Deus está dando um alerta ao mundo que pode trazer clareza à nossa vida em 2020. Este mundo não será o mesmo após essa pandemia, assim como não continuou sendo o mesmo após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Os outros problemas mundiais apenas foram adiados temporariamente enquanto a atenção do mundo está voltada para o combate a esse vírus e ao impacto causado por ele. O Irã e a Coreia do Norte continuarão a desenvolver armas nucleares e ameaçar a estabilidade mundial. Além disso, milhões de pessoas vão continuar fugindo da guerra, da violência e da pobreza no Oriente Médio e na América Latina, e buscando asilo na Europa e na América do Norte.

A China fará sua próxima jogada para aumentar sua presença global. As nações se voltarão para o objetivo de forjar uma nova ordem mundial. Certas lições do tratamento dessa atual crise não serão esquecidas por aqueles que desejam uma ordem global transnacional.

Em breve, veremos o retorno dessas e de outras tendências relacionadas alinhando-se à profecia bíblica.

Quão repentino significa repentinamente?

Em menos de duas semanas, vimos o mundo passar de uma sensação de normalidade para uma reação urgente ao vírus Covid-19, mudando a vida diária de centenas de milhões de pessoas. E isso foi tão repentino que ninguém teve tempo de se preparar. Escolas e empresas foram fechadas. Os principais eventos esportivos como as Olimpíadas de Tóquio, o campeonato de basquete da NBA e todos os principais eventos esportivos do mundo foram abruptamente cancelados.

Os voos das companhias aéreas sofreram uma redução de oitenta por cento ou mais, fazendo com que o setor sofresse uma queda drástica no tráfego de passageiro e carga e colocando as companhias em risco financeiro. O Congresso dos Estados Unidos aprovou o maior pacote de ajuda e estímulo multibilionário ao setor aéreo da história. Todos esses são eventos sem precedentes e tudo aconteceu praticamente da noite para o dia. Enquanto escrevo isso, ainda estamos tentando compreender a magnitude do que aconteceu.

Cristo disse: “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo. É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um, a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse” (Marcos 13:33-34). Cristo é o senhor dessa casa, e nós somos os servos, cada um tem autoridades e trabalhos designados.

“Vigiai, pois,” Ele continuou, “porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã” (versículo 35). E isso também diz respeito a nós, pois não sabemos quando Cristo voltará, mas sabemos que temos uma ordem dEle para vigiar, orar e continuar a obra que Ele nos deu para fazer.

A Igreja de Cristo tem o respaldo da autoridade do Reino de Deus. E nós, responsáveis pela revista A Boa Nova, compreendemos nossa parte na proclamação dessa mensagem que anuncia a vinda do Reino de Deus. Pois, recebemos autoridade para explicar o que dizem as profecias da Palavra de Deus sobre os atuais eventos mundiais. E essa autoridade inclui informar a todos que leem essa suprema verdade de que Deus está formando sua própria família espiritual, começando nesta era com Sua Igreja, o Corpo de Cristo. Essa é a obra que nós fomos chamados a fazer — uma obra que Deus quer que você faça parte.

Jesus conclui Suas instruções com esta advertência: “...para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai” (versículos 36-37).

Como já vimos, repentinamente significa sem aviso e quando menos se espera.

As folhas da figueira

Pouco antes disso, na mesma sessão de ensinamento a Seus discípulos, Cristo deu uma breve parábola sobre a figueira. Eles estavam familiarizados com as figueiras, pois naquele tempo havia abundância delas na Terra Santa. Os figos eram muito importantes para a economia local — um alimento básico e uma importante fonte de renda e comércio. A destruição de figueiras e outros produtos agrícolas estavam ligados às profecias apocalípticas das Escrituras.

Cristo disse: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já o seu ramo se torna tenro, e brotam folhas, bem sabeis que já está próximo o verão. Assim também vós, quando virdes sucederem essas coisas, sabei que já está perto, às portas. Na verdade vos digo que não passará esta geração [a geração do tempo do fim] sem que todas essas coisas [os eventos que levarão ao retorno de Cristo] aconteçam. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Marcos 13:28-31).

Ao ver as folhas verdes aparecendo na vegetação da floresta, penso nessa passagem. Sei que elas não são figueiras — cujas folhas brotavam na terra de Israel antes da colheita do trigo, mais ou menos nesta época do ano — mas a lição da mudança sazonal permanece gráfica e poderosa. Jesus nos diz que haverá uma época em que tudo o que Ele ensinou sobre o fim dos tempos estará próximo e "todas essas coisas" acontecerão. Aqueles que estiverem vigiando as folhas verdes das figueiras saberão e agirão com prudência e sabedoria.

Estamos num tempo em que Deus está avaliando as nações. Uma peste se espalhou entre todas as nações e há preocupação financeira em todo lugar. Mas saiba que Deus está plenamente consciente do que está acontecendo. Ele permitiu isso, assim como Ele permite que todas as atividades do homem aconteçam. Deus está dando às nações a oportunidade de parar e refletir sobre Sua Palavra e nossas próprias vidas.

O que você aprenderá com essa pandemia?

Você usará esse tempo para buscar a Deus enquanto Ele pode ser encontrado e Sua verdade pode ser entendida?

"Que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam?"

Eu havia mencionado dois tempos de crise anteriores que atingiram o mundo — os atentados de 11 de setembro de 2001 e a crise financeira de 2008. Depois de ambos, o mundo voltou ao normal. A Disneylândia reabriu e as bolsas voltaram a subir. E voltamos a viver a vida como se nada de dramático tivesse acontecido. E o que acontecerá desta vez?

Não desperdice esse tempo de crise pensando que voltar ao normal nas próximas semanas ou meses significa que nada importante aconteceu. Sem dúvida, aconteceu algo significativo. Na verdade, algo muito significativo. Deus nos mostrou a grande fragilidade da vida e a civilização moderna — e que ninguém está imune a isso. Você precisa agir!

Durante essa pandemia, o tráfego de acesso no site da revista A Boa Nova teve um pico alto de atividade, pois as pessoas estão em busca de informações sobre o significado de tudo isso. Vemos pessoas ansiosas para conseguir materiais sobre as profecias bíblicas. E realmente as profecias são importantes. Elas podem ajudá-lo a entender muito sobre Deus e Seu plano. Porém, o mais importante é que isso possa incentivá-lo a mudar sua vida e apoiar-se na esperança e na certeza da intervenção de Deus nos assuntos humanos.

Preste atenção no que Pedro diz sobre os eventos proféticos: “Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa” (2 Pedro 3:11, NVI). Ele está dizendo que o entendimento da profecia deve nos levar, necessariamente, a viver uma vida santa e piedosa. E como sabemos que um julgamento está chegando, então devemos nos preparar para enfrentar, com fé e coragem, o próximo tempo de provação. Agora é a hora de preparar sua vida. Agora é a hora de buscar a Deus e preparar sua vida para a era vindoura!

 
A profecia bíblica afirma que eventos cataclísmicos ocorrerão antes da intervenção direta de Deus nos assuntos humanos.
As profecias do livro de Apocalipse nos ajudam a entender a pandemia de coronavírus de hoje e o que está por vir para a humanidade?

Você Estará Preparado Para a Próxima Crise?

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A pandemia do coronavírus e os recentes distúrbios e desordens sociais têm sido um alerta para o nosso mundo. Você estará preparado para a próxima crise?

Praticamente nenhuma nação do mundo estava completamente preparada para a pandemia da Covid-19. Os responsáveis de saúde pública e pela gestão política foram pegos cochilando quando essa doença por esse vírus sinistro saiu, subitamente, da China e atingiu um mundo incauto. Embora o número de mortos tenha sido muito menor do que diziam as estimativas atemorizantes, devido a falhas de modelagem e talvez por algumas medidas de contenção adotadas pela maioria dos governos, as consequências revelaram uma lista de oportunidades perdidas que poderiam ter salvado muito mais vidas e, provavelmente, reduzido o impacto econômico devastador dessa pandemia global.

O mundo foi pego de surpresa. As poucas advertências que vieram caíram em ouvidos surdos de um mundo envolvido no que a Bíblia descreve como “farras e bebedeiras...[e] preocupações desta vida” (Lucas 21:34, Nova Versão Transformadora). No entanto, com os bloqueios e os saques nas cidades vieram os maus pressentimentos. Agora é mais do que a hora de os leitores de A Boa Nova pensar com sobriedade na mensagem que estamos emitindo há décadas. Esta é a hora de prestar bem atenção no aviso que Deus tem nos enviado pela mão de uma atalaia. Deus mandou um aviso a nossa era, e seria bom para todos ouvir o que Deus está dizendo em Sua Palavra.

Despreparado em uma pandemia

Como ficou bem claro pelas notícias e informes durante essas semanas de bloqueios, obviamente a maioria dos países não estava preparada para essa pandemia.

Por que não havia respiradores suficientes para atender aos pedidos dos governadores e dos hospitais? As notícias dizem que o estoque nacional de respiradores esgotou-se durante a epidemia de gripe suína de 2009. E os suprimentos e equipamentos necessários não foram reabastecidos. A produção foi adiada por vários anos porque o FDA (agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) não aprovou novos projetos. Mas quem é o culpado? Alguém será responsabilizado? Contudo, a falta de preparação inicial permanece sendo evidente.

O CDC, a principal agência norte-americana de combate e controle de doenças transmissíveis, parecia estar à margem nos estágios iniciais da crise da Covid-19. Ela foi acusada de não ter kits de teste amplos e precisos disponíveis para identificar as pessoas infectadas com o vírus.

A agência havia sido auditada em 2007 quando o senador norte-americano Tom Coburn emitiu um relatório bem elaborado intitulado "Relatório de Supervisão Sobre os Centros de Controle e Prevenção de Doenças". O relatório apresentou "uma análise de como uma agência encarregada de combater e prevenir doenças gastou centenas de milhões de dólares em impostos com fracassados projetos de prevenção, viagens internacionais e instalações luxuosas, mas não conseguiu demonstrar que está controlando doenças".

O CDC, que trabalha com um orçamento anual de dez bilhões de dólares, parece ter se concentrado mais em projetos periféricos do que em sua missão principal. Certamente, há um problema sistêmico quando máscaras, kits de testes e respiradores estão escassos ou não funcionam. Novamente, de quem é a responsabilidade por isso nessa pandemia?

Advertências ignoradas

Sabemos que o vírus causador da Covid-19 se originou na China no fim de 2019. O primeiro alerta parece ter vindo de um médico chinês, Li Wenliang, de Wuhan. Doutor Wenliang foi repreendido por seu governo por "espalhar boatos" e depois morreu por causa desse mesmo vírus. Outros médicos chineses que criticaram a reação do Partido Comunista Chinês (PCC) ao evento foram censurados e até desapareceram.

Em dezembro, Taiwan alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a gravidade do vírus. Mas as preocupações e avisos de Taiwan foram ignorados. O encobrimento do governo chinês e o fracasso da OMS em tomar medidas rápidas e imediatas para alertar e prevenir desastres são assuntos sérios que o mundo precisa analisar cuidadosamente no futuro. O presidente Trump ficou tão irritado pela desastrosa falha e inação da OMS que resolveu suspender o financiamento destinado à organização, porém, logo depois, decidiu cancelá-lo definitivamente.

Nem mesmo o Dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, não percebeu a gravidade do que estava vindo da China. Em 26 de janeiro de 2020, ele disse em uma entrevista que o público norte-americano não deveria se preocupar com o coronavírus: “O risco é baixíssimo para os Estados Unidos...Isso não é algo com que o público estadunidense precise se preocupar ou temer".

Logo, essas palavras soaram muito estranhas. O presidente Trump proibiu os voos vindos da China e alguns dias depois, em 31 de janeiro e início de março, a Europa e o Reino Unido foram incluídos nessa proibição de viagens aos Estados Unidos. E, ao que tudo indica, dentro de 24 horas, as nações começaram a fazer bloqueios. As escolas e os escritórios suspenderam suas atividades. Os restaurantes fecharam as portas. As companhias aéreas foram forçadas a reduzir voos e cancelar temporariamente algumas rotas e os aviões ficaram no solo, pois os passageiros não tinham para onde viajar. As escolas e todas as instituições de ensino começaram a luta para instituir o aprendizado on-line e milhões de funcionários começaram a trabalhar em casa, enquanto outros milhões perderam o emprego.

E, em pouco tempo, o mundo parecia estremecer. Dentro de semanas, o mundo entrou em uma grande crise econômica e sanitária.

Os debates se intensificaram para saber se as medidas preventivas têm sido pior que a doença. Sem dúvida, a Covid-19 é uma doença letal com muitas propriedades ainda desconhecidas e perguntas sem resposta e, até o momento, sem vacina. Pode ser que o fechamento de empresas, o impedimento de reuniões públicas e a quarentena tenham ajudado a "achatar a curva" e reduzir o número de mortes em alguns lugares. Mas é visível e inegável que esse bloqueio mundial destruiu todo um período de prosperidade econômica global, e que levará anos para se recuperar o que foi perdido.

Bilhões de dólares em riqueza desapareceram. Centenas de milhares de empresas não conseguirão voltar às atividades. O custo econômico se traduzirá em graves custos sociais, como depressão, suicídios e diminuição na renda das pessoas nos próximos anos, afetando a capacidade das pessoas de ter uma vida saudável e produtiva e de prover para suas famílias, fazendo com que fiquem, cada vez mais, dependentes do governo. O custo humano é incalculável.

Um mundo transformado em apenas um mês

O que o mundo viveu, no espaço de cerca de um mês, foi um colapso brutal de uma economia próspera. Os Estados Unidos estavam quase no pleno emprego, o mercado de ações disparou e o índice Dow Jones estava em mais de vinte e oito mil pontos, ademais a economia estava proporcionando melhores salários e um melhor padrão de vida às pessoas. A economia global — uma locomotiva puxada pela poderosa economia norte-americana — também estava indo muito bem.

No início de março, quando começaram a surgir os temores sobre a morte de milhões de pessoas pelo vírus Covid-19, vimos que a sombra do medo começava a pairar sobre as nações. Poucas horas depois, em um discurso à nação, transmitido diretamente do Salão Oval da Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos anunciou que todos os voos vindos da Europa seriam proibidos, então começamos a perceber a gravidade da situação. Logo depois, bloqueios e cancelamentos de voos generalizados interromperam os planos de milhares de pessoas.

O profeta bíblico Oséias, que profetizou no tempo do antigo reino de Israel, e antes de sua destruição, descreve a rapidez com que uma nação pode entrar em colapso por causa de seus pecados contra Deus. Quando eles tentaram buscar a Deus durante um período de crise nacional, Oséias disse-lhes que Ele não seria encontrado. Por quê? “Aleivosamente se houveram contra o SENHOR, porque geraram filhos estranhos; agora, a lua nova os consumirá com as suas porções” (Oséias 5:7). O que significa essa menção à "lua nova"?

O profeta Oséias predisse que em apenas um mês — um ciclo lunar tem quase trinta dias — poderia acontecer um colapso catastrófico. Embora os eventos recentes não sejam um cumprimento direto da profecia de Oséias, essa mudança repentina aconteceu em março de 2020. Em um mês, trilhões de dólares em riqueza desapareceram e uma próspera economia mundial ficou paralisada.

O parágrafo inicial de um artigo do Wall Street Journal expunha sucintamente: “A taxa de desemprego de abril subiu para um recorde de 14,7% e houve uma perda histórica de 20,5 milhões de postos de trabalho, quando a pandemia de coronavírus atingiu a economia, acabando com uma década de aumento de empregos em um único mês” (“Taxa de Desemprego Alcança Um Recorde de 14,7% em Abril”, Sarah Chaney e Eric Morath, 8 de maio de 2020, grifo nosso). Em junho, a taxa de desemprego já atingia mais de 22%, ou aproximadamente quarenta milhões de norte-americanos desempregados.

O que precisamos aprender com isso?

A pessoa sábia vai aprender uma lição disso. A escritura citada no começo deste artigo sobre as distrações mundanas também contêm uma advertência. Observe aqui o contexto mais amplo das palavras de Jesus Cristo:

 “Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia [dos calamitosos eventos que antecederão a volta de Cristo] venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a Terra. Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer, e estar de pé diante do Filho do homem” (Lucas 21:34-36, NVI).

A capa de nossa edição de janeiro-fevereiro de 2020 da revista A Boa Nova trazia esta manchete: “A Década de 2020 Chegou: Você Está Preparado?". Bem, acontece que o mundo não estava preparado para o que estava prestes a acontecer. Há muito tempo instamos nossos leitores a ler suas Bíblias e entender o que dizem suas profecias sobre a fragilidade de nosso mundo e esses tempos de incerteza.

Sabemos como podemos ficar sobrecarregados com os cuidados desta vida. Nossas vidas são ocupadas, agitadas e cheias de distrações, muitas das quais podem desviar nossa atenção do estado de alerta espiritual necessário para acompanhar o que está acontecendo. Para ser franco, um discípulo de Jesus Cristo deve viver sua vida sempre em um estado de alerta espiritual. E isso não é fácil de fazer ou manter por um longo período de tempo.

Estou em uma idade em que as pessoas começam a pensar em desacelerar no trabalho e se aposentar. Tenho netos com quem desejo passar mais tempo e acompanhar seu crescimento. Acredito que muitos de nossos leitores compartilham desses mesmos sentimentos em relação à família e aos planos para o futuro. Ficamos envolvidos em tantos pormenores da vida cotidiana que consomem nosso tempo, cativam nosso interesse e prendem nossa atenção.

Não há nada de errado ou descabido nesses desejos — desde que os mantenhamos equilibrados pelo conhecimento e entendimento das profecias da Bíblia. A profecia bíblica fornece a estrutura para entender os contornos gerais dos eventos que moldam o atual cenário do mundo. E se usarmos isso de forma correta, podemos tomar as medidas apropriadas para estarmos preparados espiritual e fisicamente para os acontecimentos.

Eu tenho vivido e estudado a profecia tempo suficiente para saber que têm épocas em que o cumprimento profético está, perceptivelmente, em estado de espera e épocas em que esse cumprimento está acelerando. E hoje estamos em um período em que as condições profetizadas estão se acelerando. Agora é a hora de prestar mais atenção!

Tempo de vigiar

Acima lemos que Jesus disse aos discípulos que “estejam sempre atentos e orem”. O que isto significa?

Esse assunto da vigília já foi tratado antes no livro de Ezequiel, onde Deus disse a esse profeta que o colocaria como vigia do povo de Israel:

“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, fala aos filhos do teu povo e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada [guerra e devastação] sobre a terra e o povo da terra tomar um homem dos seus termos e o constituir por seu atalaia; e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; se aquele que ouvir o som da trombeta não se der por avisado, e vier a espada e o tomar, o seu sangue será sobre a sua cabeça.

“Ele ouviu o som da trombeta e não se deu por avisado; o seu sangue será sobre ele; mas o que se dá por avisado salvará a sua vida.

“Mas, se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada vier e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, mas o seu sangue demandarei da mão do atalaia" (Ezequiel 33:1-6).

A mensagem de advertência ao povo era acerca de uma preparação para um período de sítio e toda a implicação relativa a isso, inclusive fome e doenças. Eles deveriam tomar precauções para enfrentar o julgamento, aguentar, resistir e prevalecer. Jesus Cristo usa esse termo vigiar — o mesmo que "estar atento" — para nos advertir para ficarmos atentos e alertas, discernindo as épocas de nossa vida e entendendo onde estamos no desdobrar desse plano e propósito profético de Deus para o mundo.

Um discípulo desejará entender os sinais que Jesus predisse — engano espiritual, guerra, fome, doenças epidêmicas e catástrofes naturais (Mateus 24:4-7) — e viver uma vida sóbria, santa e piedosa. Quando você sabe que está chegando um tempo de angústia e de julgamento final sobre o mundo, você vive de maneira diferente. Você sabe que Deus é real, que Sua Palavra é um guia seguro da vida, e toma medidas para viver alinhado com as leis e a verdade de Deus. E isso é o que um verdadeiro discípulo fará.

Um discípulo também deve orar para que Deus nos ajude a cumprir Seu desejo de construir um relacionamento conosco, alimentando uma conexão espiritual de amor e confiança. A fé em Deus e em Seu amor por nós nos permite administrar nossa saúde emocional durante tempos de estresse, como este de agora em que vivemos uma pandemia e distúrbios sociais. Muitos de nós enfrentamos incertezas no emprego, na saúde e no panorama geral do que está acontecendo com nosso país e com o mundo. Isso tudo é irritante e assustador e pode fazer com que alguns percam o controle emocional. Eu vejo isso acontecendo com algumas das pessoas mais resistentes que conheço. A preocupação e medo estão à porta. Mas não se deixe oprimir. Pois, com a ajuda de Deus, você pode lidar com isso, confiando em Seu plano e propósito.

Quando vemos cidades bloqueadas pela quarentena ou, mais recentemente, sendo incendiadas e repletas de manifestantes nas ruas, estamos testemunhando coisas que a maioria de nós nunca viu antes. Nosso mundo está assustado e em choque. Está havendo um chamado para o despertar.

Através das páginas da Bíblia, podemos entender o que significam essas crises. Se você buscar a Deus, ajoelhando-se em oração, Ele e Jesus Cristo vão lhe dar o conforto e o entendimento da verdade espiritual. Esta é a chave para esta época que estamos vivendo.

Será que voltaremos ao "normal"?

Provavelmente, desejamos que o mundo volte ao que era antes, pelo menos em seus diversos aspectos positivos, e à maneira como nos lembramos dele há apenas alguns meses. Mas, sob muitos aspectos, esse será um mundo diferente daqui para frente. Vamos demorar muito tempo para nos recuperar. A vida vai continuar, mas, sem dúvida, algo mudou. Este mundo não será mais o mesmo após tudo isso.

Mas o quanto seu mundo será diferente? Como discípulos de Jesus Cristo, nós não podemos voltar ao "normal". Um discípulo de Jesus deve se aprofundar no ensinamento de Seu Mestre. Realmente, devemos levar muito a sério o que Ele ordenou. Devemos prestar atenção, vigiar e orar para evitar a perigosa armadilha que vai prender todos aqueles que estiverem vivendo nesta Terra no tempo do fim.

Será que Deus poderia estar avaliando sua vida agora mesmo? Esta é uma época de crise que pode nos trazer clareza e propósito. Viva-a com sabedoria. Não seja pego de surpresa quando a próxima crise chegar!